Os pais e a mulher do tenente da polícia Virgilio Rafael Cruz Aponte, uma das vítimas mortais após o teto de um discoteca colapsar, na República Dominicana, na semana passada, foram os primeiros a apresentar queixa contra um dos proprietários do estabelecimento noturno. O acidente vitimou 231 pessoas.
De acordo com a BBC, o advogado da família Cruz Aponte disse que tinham apresentado queixa por homicídio por negligência contra o proprietário e gerentes da discoteca Jet Set.
A família acusou ainda o governo local de negligenciar o seu dever de assegurar que o local cumpria todas as diretrizes necessárias de segurança.
Note-se ainda que várias famílias já afirmaram que irão avançar com processos judiciais.
O dono da discoteca, Antonio Espaillat, através de um vídeo, referiu que está a colaborar com as autoridades para apurar as causas dos incidente. A investigação deverá demorar vários meses.
De recordar que, o teto da discoteca Jet Set desabou na madrugada de dia 8 de abril, quando entre 500 e 1.000 pessoas assistiam a um concerto da estrela do merengue Rubby Pérez, que morreu no acidente. Cerca de 189 pessoas foram resgatadas.
Chocados com os acontecimentos, os familiares das vítimas exigem explicações sobre as causas da tragédia.
A presidência anunciou a criação de uma comissão de peritos nacionais e internacionais para determinar as causas do acidente.
Os seis dias de luto decretados pelo presidente Luis Abinader terminaram no domingo, 13 de abril.
Entre as vítimas mortais estão um casal francês que vivia na República Dominicana e um italiano. Washington anunciou a morte de "vários cidadãos norte-americanos" na sexta-feira, sem adiantar um número. A comunicação social local noticiou que um queniano, um haitiano e venezuelanos morreram no desastre.
Localizada no Distrito Nacional de Santo Domingo, uma zona conhecida pela sua vida noturna e estabelecimentos de alto nível, a discoteca foi inaugurada em 1994 num edifício construído anteriormente para acolher um cinema.
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