José Eduardo dos Santos discursava na abertura da sexta cimeira de chefes de Estado da CIRGL, que hoje se realiza em Luanda, com a presença dos presidentes do Quénia, República do Congo, Uganda e República Democrática do Congo.
Segundo o chefe de Estado angolano, as grandes dificuldades que afetam o mundo atual têm forte influência na situação de todos os estados-membros, tornando ainda mais complexa a abordagem e tratamento dos problemas regionais e sub-regionais.
Em dois anos do mandato de Angola - a presidência é rotativa e devia ser assumida pelo Quénia, que delegou -, foi possível, disse, conter-se o agravamento que se verificava, levar a cabo iniciativas e mobilizar sinergias em torno da necessidade de reconquista e da preservação da paz e estabilidade, como condição indispensável para o progresso, quer da região, quer de cada Estado-membro.
"Diante do mandato que termina agora, foi possível, com a colaboração de todos os Estados-membros, neutralizar alguns focos de instabilidade que duravam desde 1994, por ocasião da criação desta organização regional", disse José Eduardo dos Santos.
O líder da CIRGL agradeceu também o apoio de França, cuja ação permitiu estabilizar a República Centro-Africana, bem como da União Europeia, pelo envio de uma força de paz para o mesmo país, dos Estados Unidos da América e das Nações Unidas.
"Neste mandato que terminou foi importante a proposta de Angola, que serviu para organizar um debate sobre a crise nos Grandes Lagos, na cimeira União Europeia/África, realizada em abril de 2014", realçou José Eduardo dos Santos.
A realização do fórum económico e de investimento na região dos Grandes Lagos, em fevereiro deste ano, na República Democrática do Congo, foi igualmente enaltecido pelo líder da CIRGL, por ter permitido o lançamento das bases para o equacionamento de projetos de cooperação e desenvolvimento económico e social nos países da região.
José Eduardo dos Santos considerou essencial a paz na região, para o desenvolvimento das economias dos Estados, trazendo benefícios para os povos.
Sobre o antigo problema da falta de pagamento de quotas pelos Estados-membros, o Presidente angolano defendeu que esta verba é necessária para o bom funcionamento das estruturas organizativas da CIRGL e garante do seu suporte material.