EUA apelam ao fim dos combates do Sudão do Sul

Os Estados Unidos da América apelaram hoje ao fim imediato dos combates no Sudão do Sul e ordenaram a retirada de todo o pessoal da sua embaixada considerado não-essencial.

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Lusa
11/07/2016 06:24 ‧ 11/07/2016 por Lusa

Mundo

John Kirby

"Os Estados Unidos condenam veementemente os novos combates que tiveram lugar em Juba hoje [domingo] entre as forças fiéis ao Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e as leais ao vice-presidente Riek Machar, incluindo os eventuais ataques contra locais civis que nós reportámos", anunciou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, num comunicado.

"Em resposta à atual violência", o Departamento de Estado dos EUA "ordenou hoje a retirada do pessoal não-essencial da embaixada norte-americana em Juba", revelou.

Foi feito ainda um apelo aos norte-americanos que se encontram no país para que tomem as devidas precauções: "A capacidade da embaixada para procurar serviços de urgência para os cidadãos norte-americanos em Juba é extremamente limitada".

Os combates entre soldados fiéis ao Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e as forças do vice-presidente Riek Machar, fizeram no fim-de-semana pelo menos 270 mortos, segundo os meios de ocmunicação locais.

Milhares de habitantes fugiram no domingo da capital face aos confrontos que ainda prosseguem.

Washington apela "aos dois dirigentes e aos seus aliados políticos e militares para reterem os seus soldados, para os manterem nas suas casernas e para evitar mais violência e derrame de sangue".

"Os Estados Unidos estão determinados em garantir que vão ser tomadas medidas adequadas para que os responsáveis pela continuidade dos combates e das violações do direito humanitário internacional sejam responsabilizados", acrescentou John Kirby.

No âmbito de um frágil acordo de paz e de partilha de poder, assinado em agosto de 2015, Machar voltou em abril, com um forte contingente de homens armados, a Juba, onde foi reinstalado como vice-presidente e formou, com Kiir, um Governo de união nacional.

O porta-voz da diplomacia dos Estados Unidos declarou que Washington está em contacto com os responsáveis da União Africana e com dirigentes da região devido a esta crise.

Os 15 países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas realizaram uma reunião, à porta fechada, este domingo, precisamente por causa dos violentos combates em Juba, capital do Sudão do Sul.

Isto depois de os combates entre forças sul-sudanesas e ex-rebeldes se terem intensificado no domingo e estendido a vários bairros da capital e às imediações do aeroporto internacional, dois dias após confrontos que fizeram mais de 150 mortos.

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