"Os Estados Unidos condenam veementemente os novos combates que tiveram lugar em Juba hoje [domingo] entre as forças fiéis ao Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e as leais ao vice-presidente Riek Machar, incluindo os eventuais ataques contra locais civis que nós reportámos", anunciou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, num comunicado.
"Em resposta à atual violência", o Departamento de Estado dos EUA "ordenou hoje a retirada do pessoal não-essencial da embaixada norte-americana em Juba", revelou.
Foi feito ainda um apelo aos norte-americanos que se encontram no país para que tomem as devidas precauções: "A capacidade da embaixada para procurar serviços de urgência para os cidadãos norte-americanos em Juba é extremamente limitada".
Os combates entre soldados fiéis ao Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e as forças do vice-presidente Riek Machar, fizeram no fim-de-semana pelo menos 270 mortos, segundo os meios de ocmunicação locais.
Milhares de habitantes fugiram no domingo da capital face aos confrontos que ainda prosseguem.
Washington apela "aos dois dirigentes e aos seus aliados políticos e militares para reterem os seus soldados, para os manterem nas suas casernas e para evitar mais violência e derrame de sangue".
"Os Estados Unidos estão determinados em garantir que vão ser tomadas medidas adequadas para que os responsáveis pela continuidade dos combates e das violações do direito humanitário internacional sejam responsabilizados", acrescentou John Kirby.
No âmbito de um frágil acordo de paz e de partilha de poder, assinado em agosto de 2015, Machar voltou em abril, com um forte contingente de homens armados, a Juba, onde foi reinstalado como vice-presidente e formou, com Kiir, um Governo de união nacional.
O porta-voz da diplomacia dos Estados Unidos declarou que Washington está em contacto com os responsáveis da União Africana e com dirigentes da região devido a esta crise.
Os 15 países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas realizaram uma reunião, à porta fechada, este domingo, precisamente por causa dos violentos combates em Juba, capital do Sudão do Sul.
Isto depois de os combates entre forças sul-sudanesas e ex-rebeldes se terem intensificado no domingo e estendido a vários bairros da capital e às imediações do aeroporto internacional, dois dias após confrontos que fizeram mais de 150 mortos.