Dois dias depois, Trump volta atrás com duas promessas de campanha

Donald Trump deu a primeira entrevista após as eleições, ao Wall Street Journal, onde admitiu manter elementos-chave das reformas de Obama na área da saúde. Investigação a Hillary Clinton? Há coisas mais urgentes, diz Presidente recém-eleito.

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Anabela de Sousa Dantas
11/11/2016 21:27 ‧ 11/11/2016 por Anabela de Sousa Dantas

Mundo

Entrevista

Era um dos ‘cavalos de batalha’ da sua campanha presidencial: se vencesse as eleições, Donald Trump convocaria uma sessão especial do Congresso para revogar de imediato a reforma na Saúde do Presidente Barack Obama. “Quando ganharmos a 8 de novembro e elegermos um Congresso republicano vamos poder revogar e substituir de imediato o Obamacare”, havia garantido.

Esta sexta-feira, na sua primeira entrevista após as eleições, o Presidente recém-eleito revê a promessa. Afinal, há disponibilidade para manter dois elementos-chave da reforma democrata (os filhos poderem beneficiar do plano de saúde dos pais até aos 26 anos e a proibição das seguradoras negarem cobertura por causa de condições pré-existentes).

“Gosto dessas duas [medidas]”, indicou Donald Trump, sobre dois elementos da reforma que antes havia prometido “revogar e substituir”.

O Presidente recém-eleito sublinhou que uma das grandes razões por trás da mudança de ideias foi a sua reunião de quinta-feira com Barack Obama, onde este lhe terá sugerido áreas da reforma que podem ser preservadas.

Esta não é, contudo, a única promessa de campanha que Donald Trump reviu, na mesma entrevista ao Wall Street Journal.

Hillary Clinton e toda a polémica dos emails sempre beneficiaram da máxima atenção de Trump durante a corrida às eleições presidenciais, com democrata a ser criticada por ter usado um endereço de correio eletrónico privado enquanto secretária de Estado entre 2009 e 2013.

Donald Trump chegou mesmo a ameaçar, caso chegasse à Casa Branca, nomear um “procurador especial para a investigar”. Agora, admite que a promessa de nomear o tal procurador especial não bem pensada.

“Não é algo a que eu tenha dedicado muito tempo, porque quero resolver as questões da saúde, empregos, controlo de fronteiras, reforma de impostos”, justificou.

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