"Não posso calar a minha profunda preocupação perante a situação que se criou nos últimos dias" sobre Jerusalém, declarou o Papa, sem citar diretamente o anúncio de Donald Trump.
"Peço que todos se comprometam a respeitar o estatuto da cidade, em conformidade com as resoluções da ONU", sublinhou, durante a audiência semanal, perante milhares de fiéis, no Vaticano.
O Papa lembrou que "Jerusalém é uma cidade única, sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, que ali veneram locais sagrados para as suas respetivas religiões, e ela tem uma vocação especial para a paz".
"Peço a Deus que esta identidade seja preservada e reforçada, em benefício da Terra Santa, do Médio Oriente e de todo o mundo, e que prevaleçam sabedoria e prudência, para evitar acrescentar novos elementos de tensão num panorama mundial já convulsivo e marcado por tantos conflitos cruéis", reiterou.
De acordo com responsáveis da administração norte-americana, que pediram o anonimato, Trump vai reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, num anúncio marcado para as 18:00 (hora de Lisboa).
Os Estados Unidos vão ser, caso se confirme esta decisão, o único país do mundo a reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.