Está oficialmente aberto o concurso ao Ensino Superior. Os candidatos têm 1.087 cursos à disposição nas universidades e politécnicos públicos e a expectativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) é que o número de candidatos seja semelhante ao de 2018.
"Face aos resultados dos exames nacionais já realizados é expectável que o número de candidatos às vagas colocadas a concurso seja também semelhante face ao ano anterior", lê-se numa nota do MCTES.
Os cursos em que a procura em primeira opção por alunos com uma média de candidatura mais alta do que 17 valores em 2018 foi superior ao total de vagas que abriram estão obrigados a aumentar o número de vagas entre 5% a 15% para o ano letivo de 2019-2020, segundo uma decisão do MCTES, que deixou de fora os cursos de Medicina, que mantêm o 'numerus clausus' do ano passado.
A medida não significa mais vagas em todas as universidades e politécnicos, uma vez que as instituições têm de cortar 5% onde não houve nenhum candidato com média de 17 valores.
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As instituições do Litoral - exceto Lisboa e Porto - estão impedidas de aumentar o número total de vagas, o que poderá significar reajustes: ao aumentar num curso muito procurado, têm de cortar noutro com pouca procura.
Já nas instituições de menor pressão demográfica ou menor procura, situadas maioritariamente no interior do país, é dada a possibilidade de aumentar vagas em cursos considerados estratégicos para a especialização da instituição, num máximo de três cursos por instituição.
Os cursos muito procurados abrem mais vagas
De acordo com os dados divulgados pelo MCTES, cinco cursos da Universidade de Lisboa e seis cursos da Universidade do Porto foram obrigados pelas novas regras a um aumento de 107 vagas para o próximo ano, quase todos na área da engenharia.
Este ano, as instituições públicas foram forçadas a rever a fixação de vagas nos cursos incluindo novos critérios definidos no despacho anual da tutela para esse efeito, sendo um desses critérios o índice de excelência dos candidatos.
Entre os 11 cursos que o fizeram, foi o de Engenharia Informática e Computação, na Universidade do Porto, que mais lugares abriu: 18 novas vagas, aumentando de 117 em 2018 para as 135 em 2019. Gestão, na mesma universidade, também vai disponibilizar 17 novas vagas, passando das 115 para as 132.
Em Lisboa, Engenharia Aeroespacial, no Instituto Superior Técnico, foi o curso que mais lugares ganhou, abrindo no próximo ano letivo 92 vagas, mais 12 do que em 2018.
As novas regras implementadas para este ano obrigavam também a uma redução de vagas nos cursos que não tivessem qualquer candidato com uma nota de pelo menos 17 valores, o que levou a um reajuste de vagas que se traduziu em totais muito semelhantes ao ano anterior.
As instituições de Lisboa e Porto, que em 2018 foram sujeitas a um corte de 1.100 vagas em benefício das instituições do Interior, perderam este ano, no conjunto, 40 vagas, de acordo com dados oficiais do MCTES, um total que resulta das 52 vagas eliminadas nas instituições de Lisboa e nas 12 ganhas pelas do Porto.
O Instituto Politécnico de Lisboa é a instituição que mais vagas perde, num total de 55, as mesmas que a Universidade do Porto abre a mais no próximo ano letivo. Mas nas duas maiores cidades do país é o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa que regista o maior aumento de vagas em 2019, com 62 novos lugares. As instituições fora de Lisboa e Porto aumentam em 48 lugares a oferta em 2019.
Esta primeira fase de candidatura termina a 6 de agosto, com 50.860 vagas no concurso nacional de acesso, um total praticamente inalterado face a 2018. Segundo os dados oficiais, o número de vagas no concurso nacional de acesso deste ano é praticamente igual ao de 2018, quando foram a concurso 50.852 vagas.
No total, contabilizando também os concursos locais de acesso, os lugares disponíveis são 51.568.
"Tal como nos anos anteriores, a candidatura é apresentada através do sistema 'online', no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) na Internet (http://www.dges.gov.pt). Para acesso ao sistema de candidatura, os candidatos podem utilizar a autenticação com o cartão de cidadão", esclarece o MCTES.