Rosa Grilo está esta terça-feira, dia 18, a ser ouvida na segunda sessão do julgamento do homicídio do marido, Luís Grilo, crime da qual é suspeita, assim como o amante António Joaquim
Numa interrupção na sessão para almoço, Tânia Reis, advogada de Rosa Grilo, disse aos jornalistas que a arguida está “cansada” e “agastada” por ter estado longas horas de pé a responder às perguntas do procurador.
Questionada sobre do que é que Rosa Grilo estaria arrependida (tendo em conta que disse na sessão estar arrependida de algumas questões), a advogada explicou que “provavelmente” a arguida referia-se à questão do sequestro.
“Está a referir-se se calhar quando ela disse que se tivesse conseguido sair com o Renato [filho], que teria saído de casa. E que se fosse agora teria reagido de outra forma. É natural. Uma pessoa quando está sob sequestro às vezes tem atitudes que poderiam ter sido outras”, sublinhou.
Ainda sobre o sequestro, a advogada vincou que Rosa Grilo estava sujeita a indicações dos sequestradores, os angolanos, mantendo por isso as comunicações com clientes e com quem a contactasse para que tudo corresse com "normalidade".
Durante a sessão, Rosa Grilo foi chamada a atenção por estar a rir. “Por vezes as pessoas quando estão nervosas… penso que o tribunal também compreende o porquê de ela estar a sorrir. É um tique nervoso que a pessoa tem”, justificou Tânia Reis.
Quanto à confiança na estratégia delineada pela defesa, a advogada disse que “ainda agora estamos no início do julgamento”, faltando ainda a inquirição das testemunhas e até do arguido António Joaquim que espera que comece a ser ouvido ainda hoje. Tânia Reis mostrou-se confiante de que o testemunho de António Joaquim possa vir a ser importante para a absolvição da sua cliente, embora ressalve não saber o que vai António dizer.