Presidente de politécnicos lembra "desafio claro" de financiamento
O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) manifestou-se hoje satisfeito com a continuidade de Manuel Heitor como ministro do Ensino Superior, mas lembrou o "desafio claro" do "aumento efetivo" do financiamento das instituições.
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País Governo
"É um ministro que criou uma excelente relação com os politécnicos, que conhece o setor por dentro", afirmou à Lusa Pedro Dominguinhos, recordando, porém, o "desafio claro" do "aumento efetivo do financiamento do setor".
Segundo Pedro Dominguinhos, que lidera o Instituto Politécnico de Setúbal, é necessário um "contrato de estabilidade que garanta a previsibilidade do financiamento", para "dotar as instituições de maior capacidade".
O alargamento da formação ao longo da vida, a concessão do grau de doutor e a designação dos politécnicos como universidades são reivindicações que o CCISP espera ver concretizadas.
"Temos expectativas positivas, mas muito exigentes e colaborantes", assinalou Pedro Dominguinhos.
Manuel Heitor, professor catedrático do Instituto Superior Técnico, foi reconduzido como ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior no segundo Governo socialista liderado por António Costa, cujo elenco foi apresentado hoje pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Heitor assumiu o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, no primeiro Governo de Costa, em 26 de novembro de 2015.
O XXII Governo Constitucional, hoje apresentado por António Costa ao Presidente da República, vai ter como ministros de Estado Pedro Siza Vieira, Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Mário Centeno.
A existência de quatro ministros de Estado é uma das principais novidades face ao Governo anterior, uma opção que, fonte oficial do executivo, justifica como "um reforço do núcleo central" do executivo.
Catorze ministros mantêm-se à frente das mesmas pastas, existindo cinco novos ministros, o que, segundo fonte do executivo, representa um sinal de "estabilidade e de continuidade" em relação ao anterior elenco governamental.
O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.
O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República "na próxima semana", em "data a determinar", após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.
O PS foi o partido mais votado nas eleições de 6 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.
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