Algarve doa 1,3 milhões para compra de ventiladores e material hospitalar

Os 16 municípios do Algarve vão contribuir com 1,3 milhões de euros para a aquisição de equipamentos e material hospitalar, reforçando os meios disponíveis para combater a epidemia de Covid-19 nos hospitais da região, foi hoje anunciado.

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Lusa
19/03/2020 18:10 ‧ 19/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

Em comunicado, a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) adianta que a verba, transferida para o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve (ABC), será destinada à compra de 30 ventiladores invasivos, termómetros e material de proteção individual, como máscaras, luvas e fatos.

De acordo com a entidade que congrega os 16 municípios algarvios, o ABC "encontra-se, neste momento, a ultimar os processos de aquisição" daqueles equipamentos e materiais.

Na terça-feira, a AMAL já tinha anunciado a aquisição de 30 ventiladores invasivos para juntar aos quase 60 que o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) já tinha programado adquirir, sem, no entanto, referir os restantes equipamentos e a verba envolvida na operação.

Os municípios algarvios reiteraram a sua disponibilidade para "ajudar em tudo o que estiver ao seu alcance para colmatar eventuais necessidades no combate à Covid-19".

"A decisão da AMAL visa ajudar a responder à situação excecional que se vive, com a proliferação de casos registados de contágio de Covid-19, a qual exige a aplicação de medidas extraordinárias e de caráter urgente", prossegue a nota.

Segundo aquele organismo, é "fundamental" dotar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "com recursos materiais que permitam cumprir o desiderato de prevenc¸a~o, contenc¸a~o, mitigac¸a~o e tratamento da infec¸a~o epidemiolo´gica" pelo novo coronavírus.

A AMAL aproveitou ainda para reforçar os apelos à população do Algarve para que "assuma, nos seus hábitos e comportamentos" as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e cumpra o decretado no Estado de Emergência Nacional.

A Assembleia da República aprovou na quarta-feira a declaração de estado de emergência em Portugal proposta pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para tentar reduzir a propagação da Covid-19.

O projeto de decreto prevê que o estado de emergência vigore por 15 dias, como previsto na lei, e contempla a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo em casa ou em estabelecimento hospitalar e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada, nomeadamente por razões profissionais, de saúde, assistência a terceiros ou abastecimento de bens e serviços.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

 

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