"Voltamos a ter mais um caso, sinal de que ainda não estamos livres desta pandemia. É um caso importado [do Reino Unido], sinal também de que as nossas fronteiras deviam ter sido fechadas mais cedo", disse o secretário da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, em videoconferência, no Funchal.
O governante sublinhou que ainda não é o momento de "incitar a ter comportamentos diferentes", vincando que "a segurança de uns e de outros pode ficar comprometida com estas decisões".
O novo caso de covid-19 é de uma mulher na faixa etária dos 20 anos, com residência no Funchal, que regressou do Reino Unido no dia 14 de março, apresentando sintomas de infeção logo no dia seguinte.
"Por apresentar antecedentes de doença alérgica, fez medicação prescrita pelo médico assistente e cumpriu uma quarenta de 28 dias no domicílio", explicou Bruna Gouveia, vice-presidente do IASAÚDE.
Após tomar conhecimento de contactos que testaram positivo no Reino Unido, a doente comunicou com as autoridades regionais de saúde, tendo-lhe sido diagnosticada covid-19, embora se encontre agora assintomática.
Dos 51 casos positivos identificados na Região Autónoma da Madeira desde 16 de março, dois já tiveram alta - a 04 e 11 de abril -, havendo outros três que, ao serem reavaliados, apresentaram um primeiro resultado negativo, aguardando agora a realização de segundo teste.
Um doente infetado com o novo coronavírus está internado na unidade de cuidados intensivos dedicada à covid-19, no Hospital Central do Funchal, em estado estável, e os restantes encontram-se em isolamento em casa ou em unidades hoteleiras requisitadas pelo Governo Regional.
"Totalizamos hoje 554 casos suspeitos de covid-19 estudados na Região Autónoma da Madeira, mais nove do que [sábado]", informou Bruna Gouveia, realçando que 291 pessoas estão em vigilância ativa, entre as quais dois profissionais de saúde e dois bombeiros do Porto Santo, e outras 151 pessoas encontram-se a cumprir quarentena em hotéis.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infetou quase 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos, mais 34 do que no sábado (+7,2%), e 16.585 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 598 em relação a sexta-feira (+3,7%).