Pedro Nuno Santos, o ministro das Infraestruturas, esteve na tarde deste sábado no local do acidente ferroviário em Soure, na linha do Norte. O ministro esteve acompanhado de Marcelo Rebelo de Sousa e teve a oportunidade de esclarecer o Presidente da República sobre o acidente e os trabalhos para remover os destroços da linha ferroviária.
Logo após essas explicações, Pedro Nuno Santos respondeu a algumas das questões dos jornalistas e voltou a destacar a segurança do sistema ferroviário nacional.
“É evidente que os portugueses podem continuar a confiar nos comboios. Nós temos um sistema de sinalização, uma infraestrutura e material circulante do mais avançado que há no mundo. O sistema ferroviário em Portugal é seguro. Não temos nenhuma indicação de que seja inseguro. A segurança é a primeira das primeiras preocupações de qualquer uma das empresas que trabalha na ferrovia, neste caso a IP e a CP", referiu Pedro Nuno Santos.
"Isso não quer dizer que não possam acontecer acidentes, porque infelizmente acontecem (…) Temos de retirar lições para tentar minorar esses acidentes. Nós nunca vamos conseguir reduzir a zero estes acidentes", sublinhou o ministro das Infraestruturas.
Desrespeito pela passagem de nível na origem do acidente na linha do Oeste
O ministro ainda foi questionado pela colisão na tarde deste sábado entre um comboio e um veículo ligeiro de mercadorias na linha do Oeste, perto da localidade de Gândara, e que causou a morte a uma pessoa. Pedro Nuno Santos deu a entender que o acidente aconteceu devido ao desrespeito da passagem de nível.
"Esse tipo de acidente ainda ocorre em alguns sítios do país onde temos passagens de nível e onde, infelizmente, não se respeita a passagem de nível e se atravessa à mesma. Ao longo dos anos em Portugal têm sido eliminadas passagens de nível. Nunca se irá, porque não é possível, eliminar todas as passagens de nível. A passagem de nível em causa não está no plano de eliminação", explicou o governante.
"Nós temos de procurar diminuir o risco de erros humanos se traduzirem em acidentes fatais (…) O que aconteceu foi o não respeito da passagem de nível e da cancela", acrescentou.
[Notícia atualizada às 19h47]