Em qualquer lar "um idoso tem sempre direito a assistência do SNS"

O primeiro-ministro frisou hoje que um idoso, independentemente da residência ou do lar em que se encontre internado, tem direito a assistência por parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos seus médicos de família.

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Lusa
25/08/2020 13:35 ‧ 25/08/2020 por Lusa

País

António Costa

António Costa deixou esta mensagem numa declaração aos jornalistas, em São Bento, após quase três horas de reunião com o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, na qual também estiveram presentes a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado António Lacerda Sales.

Tendo ao seu lado Miguel Guimarães, o líder do executivo referiu que, durante a longa reunião, "mereceu natural atenção a situação que diz respeito aos lares - uma realidade que não é nova e que é conhecida na sociedade portuguesa".

Neste contexto, António Costa observou então que o sistema de lares assenta em instituições privadas de solidariedade social (IPSS), misericórdias e mutualidades.

Um sistema que, segundo António Costa, "tem de merecer uma reflexão profunda da sociedade" e onde "a colaboração da Ordem dos Médicos é absolutamente essencial".

"Um idoso internado numa residência ou num lar não deixa de ser um cidadão português e, portanto, com direito a assistência na saúde, designadamente por parte dos médicos de família e por parte do SNS", frisou o primeiro-ministro.

Depois, António Costa observou que ocorre em múltiplos países o debate em torno da medicalização dos lares e das residências para idosos.

"Num país com a dinâmica demográfica que apresenta, este é um debate tão urgente como útil. Tive a oportunidade de recordar ao senhor bastonário o esforço que o Estado tem feito desde o início desta pandemia da covid-19 para reforçar as condições financeiras e humanas, tendo em vista que as IPSS, misericórdias e mutualidades façam ainda melhor trabalho", defendeu.

Neste ponto, o primeiro-ministro fez então uma alusão indireta ao surto de covid-19 num lar de Reguengos Monsaraz, salientando que "nunca se deve confundir a árvore com a floresta, seja na atuação dos lares, seja na atuação dos médicos ou do Estado".

"As prioridades do Governo passam pelo desenvolvimento da rede de cuidados continuados integrados e pelo desenvolvimento dos programas de assistência domiciliária para diminuir o grau de institucionalização", acrescentou.

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