Está a circular nas redes sociais a história de Sara Sequeira, uma jovem de 28 anos, que diz ter sido vítima de assédio por um revisor da CP - Comboios de Portugal. Após contar a história e denunciar o comentário de que foi alvo, a jovem deixa um apelo: "Não se calem".
"Isto aconteceu hoje, na viagem que fazia do Carrascal para Tomar. Ia vestida com um vestido verde. Quando fui abordada pelo revisor que no final de me cobrar o bilhete (que demorou bastante porque estava mais interessado em olhar para o meu peito do que para a máquina) disse o seguinte: - 'Ainda bem que não está frio ou as mamocas constipavam-se'. Isto dito por um homem na sua hora e local de trabalho! Isto não é um comportamento normal em nenhum lado muito menos num sitio onde sou cliente", escreveu Sara Sequeira, na rede social Instagram.
A jovem diz ter apresentado queixa por causa dos comentários de que foi alvo, por considerar que "este tipo de atitudes devem ter consequências para quem as pratica". O Notícias ao Minuto tentou obter uma reação da CP relativamente a este assunto, que fez saber estar a "averiguar esta situação, sobre a qual apenas se poderá pronunciar após concluída a averiguação."
"A CP defende a prática de valores éticos e de integridade pessoal quer a nível interno, quer no relacionamento com terceiros, devendo todos os colaboradores da empresa observar regras de civismo, educação e cortesia nos seus relacionamentos com clientes, colaboradores e público em geral", enfatiza ainda a empresa.
O relato foi feito pela própria jovem na rede social apelando a que outras mulheres "não se calem" perante estas situações. "Não deixem estas coisas passar em branco. Somos livres de andar de vestido fora e dentro de um comboio! Estamos no século XXI! Chega de nos massacrarem com este tipo de comentários, de provocações, de toques, de assédio", pode ler-se.
O áudio tem pouco mais de um minuto e pode ouvir-se o funcionário da CP a rejeitar que tenha 'magoado' a jovem: "Não ofendi ninguém. O que é que eu disse de mal, diga lá? Tratei mal alguém?".
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O testemunho de Sara conta já com mais de 200 mil visualizações.