"O senhor Presidente da República decidiu e, na minha opinião bem, e congratulo-o por isso, de ouvir algumas instituições e algumas pessoas ligadas à saúde como o ex-ministro da Saúde, ou seja, o senhor Presidente da República está a fazer o que a senhora ministra da saúde devia ter feito e não fez", apontou Miguel Guimarães.
Em declarações aos jornalistas, após uma visita ao Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), o bastonário defendeu que, "numa altura crítica para o país" como a que se vive agora, com a pandemia, "é fundamental tirar partido do conhecimento que as pessoas, nas suas diversas áreas, podem ter para transmitir a quem lidera a saúde em Portugal".
"O senhor Presidente da República resolveu fazê-lo e, obviamente, a Ordem dos Médicos irá ser recebida amanhã [terça-feira] e irá transmitir aquilo que são as suas principais preocupações", acrescentou Miguel Guimarães.
Ou seja, adiantou o bastonário, "relativamente àquilo que são doentes covid, doentes não covid e também relativamente à gripe sazonal em que a vacinação parece, novamente, estar atrasada o que é muito, muito mau nesta altura".
O Presidente da República começou hoje, com a ministra da Saúde, Marta Temido, uma série de audiências com responsáveis de instituições e outras personalidades tendo como pano de fundo a pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.198 pessoas dos 101.860 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.