Não faltaram bandeiras de Portugal de todos os tamanhos e os 'smartphones' para registar para as redes sociais a manifestação que decorreu durante a tarde de hoje em frente à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, mas que começou com uma vigília durante a madrugada no mesmo local.
Mas faltaram os equipamentos de proteção individual e o distanciamento físico impostos pela pandemia, na altura em que Portugal já ultrapassou por várias vezes os 10.000 contágios e 150 óbitos diários. As poucas pessoas que tinham máscaras não estavam com elas colocadas e tinham-nas nas mãos ou no queixo.
Luís Freire, dinamizador daquele movimento, explicou que este protesto aconteceu por causa da falta de respostas da "classe política" sobre um manifesto que pretende alertar para os problemas associados às medidas decretadas para mitigar a disseminação do SARS-CoV-2.
O manifesto em questão, prosseguiu Luís Freire, foi feito "por muitas pessoas da sociedade civil", que "aceitaram o desafio" de o fazer "para entregar ao Governo, como forma de ajudar, colaborar, no sentido de algo mudar" em Portugal.
O responsável defendeu que a realização da campanha eleitoral "com confinamento, não é de todo aceitável", tendo em conta a campanha que é "para esclarecer" a população.
Ivo Borges esteve presente na manifestação "para defender os interesses de Portugal" e para "alertar para a pressão económica" que o país enfrenta.
A manifestante questionou "como é que os especialistas não esperavam" que houvesse mais infeções e mortes associadas à covid-19.
Portugal contabilizou 166 mortes e 10.947 contágios associados à covid-19 nas últimas 24 horas, valores máximos diários, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).