Proteção Civil dos Açores envia equipa para as Flores devido à Justine

O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) enviou uma equipa de coordenação para a ilha das Flores, no grupo ocidental, que se prevê ser o mais fustigado pela depressão Justine, esta madrugada.

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Lusa
28/01/2021 22:08 ‧ 28/01/2021 por Lusa

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Proteção Civil dos Açores

 

"Vamos ter uma noite previsivelmente agitada e é importante que o Serviço Regional de Proteção Civil acione os meios adequados, que o fez, através de uma equipa que já está na ilha das Flores, com quatro profissionais e um bombeiro da Associação de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória", adiantou, hoje, o secretário regional da Saúde e Desporto dos Açores, Clélio Meneses, que tutela a Proteção Civil na região.

O governante falava, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na sede do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.

Segundo o mais recente comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a depressão Justine deverá provocar "um aumento significativo da intensidade do vento, com rajadas na ordem dos 140 km/hora nas ilhas do grupo ocidental [Flores e Corvo], 120 km/hora nas ilhas do grupo central [Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial] e até 100 km/hora no grupo oriental [São Miguel e Santa Maria]".

Prevê-se também "um aumento da agitação marítima com ondas de sete a nove metros de altura significativa no grupo ocidental, de seis a oito metros no grupo central e até cinco metros no grupo oriental".

O comunicado acrescenta que "associada a esta situação meteorológica ocorrerá, também, precipitação por vezes forte em todas as ilhas".

O Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) ativou uma operação de acompanhamento da depressão Justine, que decorrerá durante toda a noite.

"A previsão é uma previsão que suscita preocupação, mas é importante se saiba que os serviços estão no terreno", afirmou Clélio Meneses.

A equipa que seguiu para a ilha das Flores, a bordo de uma aeronave da Força Aérea portuguesa, "tem uma dimensão de comunicações e uma dimensão de coordenação no terreno" com as associações de bombeiros locais e com os serviços municipais de Proteção Civil das respetivasmaras municipais.

"Dotámos a ilha das Flores de meios acrescidos de resposta de Proteção Civil perante o problema que esperemos que não aconteça", frisou o governante.

O secretário regional com a tutela da Proteção Civil apelou ainda à "responsabilidade de cada um", pedindo que a população se resguarde, se mantenha em casa e não se aproxime da orla marítima.

"É importante que todos tenham um comportamento de prevenção e de cuidado para que mais uma vez a nossa natureza não traz contratempos mais acrescidos do que trouxe de outras vezes", sublinhou.

Para já o Plano Regional de Emergência dos Açores não foi ativado, como aconteceu aquando da passagem do furacão Lorenzo, que também atingiu sobretudo as ilhas do grupo ocidental.

"Estamos a precaver os meios adequados e a dar a resposta conforme for evoluindo a depressão. A acontecer alguma coisa são ativados os meios adequados", apontou Clélio Meneses.

Segundo o governante, "a vulnerabilidade das zonas mais próximas do mar" representa "uma preocupação acrescida", mas a Proteção Civil está "a tentar, com os meios disponíveis no local, dar a resposta necessária".

O vice-presidente do SRPCBA, Bruno Nogueira, disse que as autoridades portuárias da ilha das Flores foram alertadas para retirarem as embarcações e contentores do Porto das Lajes, destruído aquando da passagem do furacão Lorenzo.

"Essa informação foi passada às autoridades portuárias e eles tiveram essa atenção de retirar todos os meios que pudessem ser mexidos com as ondulações, de forma a manter a segurança, até porque neste momento estão a decorrer obras. A informação que nós temos é que todos os meios foram retirados para zonas mais altas e mais afastadas do mar", revelou.

As ilhas do grupo ocidental estão sob aviso vermelho, o mais grave da escala, entre as 21:00 de hoje (22:00 em Lisboa) e as 3:00 de sexta-feira, devido ao vento, e sob aviso laranja, o segundo mais grave, até às 06:00, devido à agitação marítima.

Já as ilhas do grupo central estão sob aviso laranja, entre as 21:00 de hoje e as 6:00 de sexta-feira, devido ao vento e à agitação marítima.

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