Vistos Gold. SEF confirma nomeação de ex-diretora para grupo de trabalho

Cristina Gatões integra "um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para atividade de investimento".

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Notícias ao Minuto
02/02/2021 16:51 ‧ 02/02/2021 por Notícias ao Minuto

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SEF

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou hoje que a antiga diretora deste serviço de segurança Cristina Gatões integra o grupo de trabalho que vai propor medidas de alteração do regime dos vistos Gold.

A edição de hoje do Diário de Notícias noticiou que a ex-diretora do SEF foi nomeada para o grupo de trabalho sobre a reestruturação do regime de vistos Gold, citando um despacho interno do organismo de acordo com o qual a nomeação visa "analisar soluções que assegurem maior eficácia no âmbito da permanência em Portugal dos titulares de residência para atividade de investimento".

Cristina Gatões demitiu-se do cargo em dezembro, na sequência da polémica com a morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, que resultou na acusação de três inspetores daquele serviço de segurança, cujo julgamento se iniciou esta semana.

Em comunicado, o SEF esclarece que a inspetora coordenadora "é quadro" do serviço e que, por decisão do diretor nacional, tenente-general Luis Botelho Miguel, "integra um grupo de trabalho interno que analisa e vai propor medidas no âmbito do regime de autorização de residência para atividade de investimento".

O grupo, segundo o SEF, é coordenado pela técnica superior Carla Costa.

A alegada nomeação da antiga diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Cristina Gatões, para a reestruturação do regime dos vistos Gold, levou hoje o Bloco de Esquerda a avançar com duas iniciativas: uma pergunta dirigida ao Governo e o requerimento para uma audição do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O BE refere, no texto do requerimento, que "a demissão de Cristina Gatões aconteceu nove meses depois do homicídio de um cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, nas instalações do SEF à guarda do Estado Português", recordando que, precisamente em audição parlamentar, Eduardo Cabrita justificou esta demissão por considerar que a responsável "não reunia condições para liderar o SEF no quadro da reestruturação profunda que será desenvolvida neste organismo".

O Chega questionou também o ministro da Administração Interna sobre a alegada nomeação da ex-diretora SEF, que em dezembro de 2020 se demitiu na sequência da polémica com o homicídio de Ihor Homeniuk em março do mesmo ano.

A agência Lusa questionou o Ministério da Administração Interna, mas ainda não obteve esclarecimentos.

Leia Também: Iniciativa Liberal condena nomeação de Gatões para assessorar SEF

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