"À data atual, temos 711 doentes positivos, 8% dos nossos doentes, em 117 unidades da rede, estando 26 doentes internados em hospitais. Os óbitos infelizmente são já 120, sendo 0,9% dos óbitos totais por covid-19", afirmou Purificação Gandra, que coordena uma rede que presta anualmente cuidados de saúde a cerca de 50 mil doentes, através de 396 unidades de internamento com 9.500 camas.
Ouvida por videoconferência na Comissão Eventual para acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da covid-19 e do processo de recuperação económica e social, a coordenadora da RNCCI adiantou que a situação da pandemia na rede agravou-se desde o final de 2020.
"A evolução da pandemia em finais de 2020 alterou de forma grave a situação, apesar de se terem mantido todas as medidas de precaução implementadas até então, subindo drasticamente todos os indicadores que acompanhamos", referiu.
Segundo Purificação Gandra, entre março e outubro de 2020, a RNCCI teve um "pico máximo de 110 doentes infetados e 15 óbitos em 27 unidades", tendo sido internados em hospitais 22 pessoas devido ao agravamento da sua situação clínica.
"Esperamos que seja possível melhorar a situação com a vacinação contra a covid-19 na rede e que se aproxima do seu final", considerou a coordenadora nacional, ao adiantar que já iniciaram o processo de vacinação 64% dos doentes e 55% dos profissionais, sendo que 769 pessoas já receberam as duas tomas do fármaco.
Segundo disse, a testagem para o vírus SARS-CoV-2 dos cerca de 13.300 profissionais "tem sido uma constante" na RNCCI, tendo já sido realizados 48.349 testes, dos quais 2.331 com resultado positivo.
A rede de cuidados continuados tem atualmente 664 profissionais infetados com o novo coronavírus, disse.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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