Covid-19: Equipa alemã aprende português no hospital da Luz

Clínicos alemães começaram esta segunda-feira a trabalhar no Hospital da Luz, em Lisboa, mas antes disso fizeram um briefing sobre protocolos e algum vocabulário em português. Espreite as imagens dos 'bastidores'.

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© Sanitätsdienst der Bundeswehr

Melissa Lopes com Lusa
09/02/2021 09:41 ‧ 09/02/2021 por Melissa Lopes com Lusa

País

Pandemia

Os médicos alemães, que chegaram na quarta-feira e começaram esta segunda-feira a trabalhar, deverão permanecer durante três semanas, estando prevista depois a sua substituição por novas equipas a cada 21 dias, pelo menos até final de março, caso seja necessário. 

Mas antes de 'meterem mãos à obra', os clínicos alemães fizeram um briefing na enfermaria com a equipa do hospital durante o fim de semana. Apesar da língua de trabalho ser o inglês, os profissionais aprenderam algum vocabulário na língua de Camões, conforme relataram as Forças Armadas alemãs no Twitter, que refere que dois dos soldados falam português. 

Esta segunda-feira, os militares já trataram o primeiro doente.

Falando sobre as condições de trabalho da equipa, o médico-chefe afirmou, na conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, ter sido uma surpresa, porque foi "perfeito" o que encontraram: "encontrámos as melhores condições, não esperávamos ter tão boas condições, não podia ser melhor".

Jens-Peter Evers faz um balanço muito positivo da estada em Portugal, contando que até a sociedade civil dá mostras da sua simpatia e gratidão, quando lhe acena ou buzina nos carros ao cruzarem-se com eles.

No entanto sublinha que o objetivo destes médicos e enfermeiros em Portugal é um só, salvar o máximo de vidas possível e ganhar mais experiência.

No Hospital da Luz apenas a equipa alemã é responsável pela Unidade de Cuidados Intensivos, esclareceu o médico alemão, adiantando que podem ter alguma ajuda de profissionais portugueses para fazer tradução ou para auxiliar em exames, por exemplo.

"Mas só a equipa alemã é que vai estar a trabalhar dia e noite", disse.

A ajuda que chegou a Portugal é composta por oito médicos militares especialistas em cuidados intensivos e 18 enfermeiros com a mesma especialidade.

Questionado sobre que avaliação faz sobre o que o Governo português poderá ter feito de errado na condução das políticas de saúde para combater a pandemia, Jens-Peter Evers afirmou ter "a certeza de que não fez nada de mal e que o Governo alemão não fez nada melhor", que o tratamento é o mesmo e o problema é o vírus.

"Somos amigos europeus, é nossa função ajudar, esta é a forma de eu ver a cooperação", acrescentou.

 

 

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