Os médicos alemães, que chegaram na quarta-feira e começaram esta segunda-feira a trabalhar, deverão permanecer durante três semanas, estando prevista depois a sua substituição por novas equipas a cada 21 dias, pelo menos até final de março, caso seja necessário.
Mas antes de 'meterem mãos à obra', os clínicos alemães fizeram um briefing na enfermaria com a equipa do hospital durante o fim de semana. Apesar da língua de trabalho ser o inglês, os profissionais aprenderam algum vocabulário na língua de Camões, conforme relataram as Forças Armadas alemãs no Twitter, que refere que dois dos soldados falam português.
Esta segunda-feira, os militares já trataram o primeiro doente.
Falando sobre as condições de trabalho da equipa, o médico-chefe afirmou, na conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, ter sido uma surpresa, porque foi "perfeito" o que encontraram: "encontrámos as melhores condições, não esperávamos ter tão boas condições, não podia ser melhor".
Jens-Peter Evers faz um balanço muito positivo da estada em Portugal, contando que até a sociedade civil dá mostras da sua simpatia e gratidão, quando lhe acena ou buzina nos carros ao cruzarem-se com eles.
#HelfenIstUnsereDNA: Einweisung in die Station mit Klinikpersonal (li und re aussen). Arbeitssprache ist Englisch für das Sanitätspersonal der Bundeswehr in Lissabon. Zwei Soldaten sprechen Portugiesisch. Sie vermitteln den Kameraden nebenbei einige Vokabeln. pic.twitter.com/k9DQ4Mcfma
— Sanitätsdienst der Bundeswehr (@SanDstBw) February 7, 2021
#HelfenIstUnsereDNA: Maria Eduarda Marques (rechts) und Hauptfeldwebel Michael Grünefeld erledigen gemeinsam die Administration auf der Intensivstation. Einweisung in die Abläufe, Dokumentation und Geräte sowie die Übernahme der Corona-Station in Lissabon sind abgeschlossen. pic.twitter.com/76vqzFdIxI
— Sanitätsdienst der Bundeswehr (@SanDstBw) February 7, 2021
No entanto sublinha que o objetivo destes médicos e enfermeiros em Portugal é um só, salvar o máximo de vidas possível e ganhar mais experiência.
#HelfenIstUnsereDNA: Nach sorgfältiger Vorbereitung beginnt heute der eigenständige Betrieb einer Corona-Intensivstation in Lissabon. Kurz nach Schichtbeginn übernahm das Bundeswehrsanitätspersonal den ersten Patienten vom öffentlichen Gesundheitssystem Portugals. pic.twitter.com/m2Goh3Rvtc
— Sanitätsdienst der Bundeswehr (@SanDstBw) February 8, 2021
No Hospital da Luz apenas a equipa alemã é responsável pela Unidade de Cuidados Intensivos, esclareceu o médico alemão, adiantando que podem ter alguma ajuda de profissionais portugueses para fazer tradução ou para auxiliar em exames, por exemplo.
"Mas só a equipa alemã é que vai estar a trabalhar dia e noite", disse.
A ajuda que chegou a Portugal é composta por oito médicos militares especialistas em cuidados intensivos e 18 enfermeiros com a mesma especialidade.
Questionado sobre que avaliação faz sobre o que o Governo português poderá ter feito de errado na condução das políticas de saúde para combater a pandemia, Jens-Peter Evers afirmou ter "a certeza de que não fez nada de mal e que o Governo alemão não fez nada melhor", que o tratamento é o mesmo e o problema é o vírus.
"Somos amigos europeus, é nossa função ajudar, esta é a forma de eu ver a cooperação", acrescentou.