Regresso às aulas na universidade Nova será "sobretudo presencial"
O reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua, disse à Lusa que os 22 mil alunos irão ter um regresso às aulas "sobretudo presencial" e progressivo, a partir de hoje e até ao final do semestre.
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País Pandemia
"Quando se considerar, por diversas razões, que é melhor ser feito misto, será misto", disse João Sàágua, dando como exemplo que "uma turma em que a maior parte dos estudantes não estejam em Lisboa, por serem deslocados ou internacionais, pode começar em regime misto e depois passar a presencial".
O objetivo, disse, é "permitir que os estudantes tenham o ensino de melhor qualidade na situação em que estamos, mas também na máxima segurança".
Na Faculdade de Direito, foram mantidos quase dois terços das aulas presenciais e o arranque vai ser misto, à semelhança do primeiro semestre, em que houve cadeiras 100% presenciais e outras 100% online, decisão que varia "em função do número de turmas e de alunos por turma, bem como dos ciclos de estudo", disse à Lusa a diretora da faculdade, Mariana França Gouveia.
Os alunos estão satisfeitos com o regresso ao 'campus', especialmente por causa do desgaste provocado pelo confinamento.
"É totalmente diferente estarmos a ver o professor a falar connosco, mesmo com máscara, do que estarmos todos ligados por um computador, que é muito mais desgastante. Portanto, só podemos estar felizes por estar de regresso à faculdade", disse o presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Direito, Diogo Sereno.
Marcela Carneiro, aluna de mestrado na mesma faculdade, disse que, "apesar de aulas online também serem boas, presencialmente é melhor e há diferenças na aprendizagem, especialmente ao nível da concentração".
Em relação às regras de segurança, a faculdade de Direito vai manter a fórmula que garantiu que não houvesse nenhum contágio no passado: lotação limitada nas salas, distância de segurança e lugares marcados, uso de máscara, desinfeção das mãos, horários alargados e alternados de modo a permitir uma utilização plena das instalações todas e garantir o maior número de horas presenciais dos alunos.
"No ano passado, conseguimos ter uma faculdade sem qualquer contágio, apenas com um caso ou outro [pontuais]. Isso deu-nos a segurança e garantia que estávamos a aplicar as regras certas", defendeu Mariana França Gouveia, adiantando que agora há ainda mais facilidade no cumprimento das regras "porque uma das medidas é ter as janelas abertas e as salas arejadas e no inverno foi um bocadinho difícil com o frio, vento e chuva", para além de haver esperança numa "confiança acrescida" com os testes rápidos disponíveis no 'campus'.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.020.765 mortos no mundo, resultantes de mais de 141,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.946 pessoas dos 831.221 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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