O ex-inspetor da PJ João de Sousa, que é agora consultor forense, partilhou, nas redes sociais, uma alegada chamada telefónica de Rosa Grilo, feita a partir da cadeia de Tires, onde a reclusa confessa ter matado o marido e admite que a versão dos angolanos foi inventada por ela.
Na gravação, partilhada no Facebook e YouTube, ouve-se, alegadamente, Rosa a confessar o homicídio de Luís Grilo, um crime que, até aqui, sempre negara e pelo qual foi condenada à pena máxima de prisão, ou seja, 25 anos de cadeia.
“Sim fui eu doutor, fui eu que matei o Luís”, ouve-se uma voz feminina a dizer, aproveitando para pedir desculpa à família do triatleta, à sua família e, principalmente, ao filho.
Questionada por João de Sousa sobre os angolanos, que Rosa sempre garantiu serem os responsáveis pela morte do marido, a voz feminina admite que esta tese era falsa.
Recorde-se que o ex-inspetor da PJ fez parte da Defesa de Rosa Grilo até a advogada Tânia Reis ter decidido abandonar o caso, depois de a cliente ser condenada a 25 anos de prisão e de o Ministério Público (MP) a ter acusado, assim como a João de Sousa, de simulação de crime, posse de arma ilegal e favorecimento pessoal, existindo a suspeita destes terem forjado provas.
Em causa está, segundo a acusação, uma cápsula do projétil que foi encontrada numa banheira da casa onde ocorreu o homicídio de Luís Grilo. O MP considera que foi a advogada e o consultor forense que a colocaram lá.
Recorde-se que o ex-inspetor da PJ foi, anteriormente, condenado e até cumpriu prisão pelo crime de corrupção.
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