A apresentação da moção 'Nem de esquerda nem de direita, simplesmente progressistas', a quarta das 25 moções agendadas a ser apresentada, gerou uma acesa discussão em torno da falta de clareza da afirmação de que o PAN apenas deve apoiar medidas governamentais cuja execução esteja assegurada.
Entendida por alguns dos congressistas como uma "armadilha" que impedirá qualquer tipo de acordo, já que os orçamentos do Estado incluem sempre financiamentos em áreas com as quais o partido não concorda, a votação da proposta foi transferida para domingo, para que os proponentes alterem a redação do parágrafo que mais discussão gerou nesta fase dos trabalhos.
Já a moção 'Um partido econcetrista' teve aprovação pacífica, num debate que viu igualmente aprovadas as moções "Pelos Rios Vivos", que determinou a criação de um grupo de trabalho para esta temática, e "Pelo financiamento ético e solidário em Portugal", que pugna pela alteração da legislação, de forma a ser permitida a criação da banca ética em Portugal.
A moção 'Europa, Portugal, Relações Internacionais e Defesa', a primeira a ser apresentada, gerou posições contrárias, com alguns congressistas a pedirem clarificação sobre o que se entende por legítima defesa para justificar o uso da força.
A moção acabou por ser retirada para ser "trabalhada", já que foi entendido que contém contributos para uma discussão sobre o posicionamento do partido em matéria de defesa que devem ser aprofundados.
O VIII Congresso do PAN decorre hoje e domingo, em Tomar, sob o mote "Semear o futuro, 10 anos a fazer avançar a mudança", e dele sairá uma nova Comissão Política Nacional (órgão máximo de direção política entre congressos) e uma nova porta-voz do partido, Inês Sousa Real.
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