O homem de 40 anos detido no final de fevereiro por ser suspeito de crimes de violência doméstica e abuso sexual contra uma adolescente de 15 anos, em Oeiras, manteve uma "relação de namoro" com a menor durante nove meses, entre abril de 2024 e janeiro de 2025.
Na segunda-feira, a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Oeste explicou que "o arguido, na altura com 39 anos, e a vítima, à data com 14 anos, conheceram-se em fevereiro de 2024, numa escola de dança, em Paço de Arcos".
"Em abril de 2024, iniciaram uma relação de namoro, que se manteve durante nove meses, até janeiro de 2025, quando a ofendida tinha 15 anos e o arguido 40 anos de idade", indica a Procuradoria numa nota publicada no seu site.
Segundo a acusação, o homem "aproveitou-se da juventude e inexperiência da menor para a seduzir e praticar com ela atos de cariz sexual" e "agiu de forma livre, voluntária e consciente, bem sabendo que a sua conduta era proibida e punida por lei".
"Resulta ainda indiciado que durante os nomes meses de namoro, o arguido mostrou-se sempre muito ciumento para com a menor, exigindo-lhe que o informasse constantemente para onde ia, o que fazia durante o dia e com quem estava, controlando assim todos os movimentos da ofendida, que vivia muito ansiosa com este controlo obsessivo", lê-se na nota, que acrescenta que o homem "acedia às redes sociais e, no intuito de rebaixar a vítima, aproveitava-se das inseguranças dela para a maltratar psicologicamente".
Após o fim da relação, em janeiro de 2025, o homem passou a perseguir a jovem e enviou "constantes mensagens à menor e a pessoas suas amigas", além de comparecer "nos locais que a mesma frequentava" numa tentativa de retomar a relação.
Na semana passada, a Polícia de Segurança Pública (PSP) já tinha adiantado que deteve um homem "por ser suspeito da prática de crimes de violência doméstica e abuso sexual contra uma adolescente de 15 anos".
A investigação arrancou na sequência de "uma denúncia por parte da mãe da menor, que relatou a existência de uma relação de namoro entre a sua filha e o suspeito", segundo um comunicado enviado pelas autoridades às redações.
Após ser presente a primeiro interrogatório judicial, o suspeito ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
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