"Nascido em 1923, Eduardo Lourenço viveu metade da sua vida em ditadura, 48 anos em sombra e escuridão, e nem por isso deixou de se demarcar do regime, que criticou, ajudando a abrir horizontes democráticos ainda antes de se sonhar democracia", destacou Ferro Rodrigues.
O presidente do parlamento intervinha na abertura de uma sessão de homenagem, na Assembleia da República, ao pensador e escritor português que foi fundador e diretor, desde 1989, da revista Finisterra até ao seu falecimento, em dezembro de 2020, e que lança um novo número "In Memoriam de Eduardo Lourenço".
Na sessão, de iniciativa da Fundação Res Publica, Ferro Rodrigues sublinhou que Eduardo Lourenço foi "sem sombra de dúvidas, um dos maiores pensadores que Portugal e a Lusofonia já conheceram".
"Português que conhecia bem as imperfeições do seu Povo, que sabia identificar como poucos. Talvez por isso tenha sido tantas vezes incompreendido, pelo pensamento cristalino e pela forma redutora como era visto e como era lido -- como nos recordava há dias o Professor Guilherme d'Oliveira Martins", assinalou.
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