Luís Filipe Vieira foi, esta sexta-feira, libertado da prisão domiciliária em que se encontrava no âmbito da Operação 'Cartão Vermelho', avança a TVI24. O ex-presidente do Benfica foi esta tarde notificado pelo Tribunal Central de Instrução Criminal e já poderá, assim, sair de casa.
Apesar de ter terminado a prisão domiciliária, Luís Filipe Vieira prossegue com outras medidas de coação. O ex-presidente do Benfica está proibido de sair do país, com a entrega do passaporte, e de contactar com os outros arguidos do processo: o empresário José António dos Santos e o advogado e agente Bruno Macedo, sendo a exceção o filho do ex-presidente 'encarnado', Tiago Vieira, outro dos quatro detidos.
Ontem, recorde-se, o juiz Carlos Alexandre aceitou a nova proposta de Luís Filipe Vieira para o pagamento da caução de três milhões de euros. Vieira entregou, agora, dinheiro e imóveis avaliados em 2,8 milhões de euros, em nome de sociedades dos dois filhos.
A 28 de julho, recorde-se, o mesmo juiz tinha considerado que os bens apresentados pelo empresário não eram suficientes para garantir a caução exigida. O Tribunal Central de Instrução Criminal tinha determinado que o ex-presidente do Benfica ia permanecer em prisão domiciliária até ao pagamento dos três milhões de euros de caução.
Em causa, segundo o MP, estão "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades", ocorridos "a partir de 2014 e até ao presente", suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".
[Notícia atualizada às 18h53]
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