Judiciária vai a casa de João Rendeiro no dia 11. Procura coleção de arte

Maria de Jesus Rendeiro, esposa de João Rendeiro é fiel depositária de 124 obras de arte, no âmbito de um processo em que o marido foi condenado.

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Notícias ao Minuto
08/10/2021 08:03 ‧ 08/10/2021 por Notícias ao Minuto

País

João Rendeiro

A Polícia Judiciária (PJ) vai à mansão do ex-banqueiro João Rendeiro no próximo dia 11 de outubro, segunda-feira. A Justiça procura uma coleção de arte apreendida há dez anos, revela a SIC Notícias

Num despacho a que o canal de Paço de Arcos teve acesso, o tribunal aponta que Maria de Jesus Rendeiro, mulher do também ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), tem de "prestar contas quanto à administração dos objetos que tem à sua guarda". 

Serão 124 obras de arte das quais a esposa de Rendeiro é fiel depositária, no âmbito de um processo em que o marido foi condenado. A juíza quer, agora, que a PJ confirme que a coleção - em que se encontram pinturas e esculturas - se mantém na habitação de ambos, na Quinta Patino, em Cascais. 

Recorde-se que, ontem, no debate sobre política geral que decorreu na Assembleia da República, António Costa, disse que os membros do Governo, individualmente "enquanto cidadãos", partilham da "revolta geral e da perplexidade" face à fuga do antigo presidente do BPP João Rendeiro, escusando-se a mais comentários sobre o caso.

"Relativamente à fuga do doutor João Rendeiro obviamente o Governo, individualmente enquanto cidadãos, todos nós partilhamos da revolta geral e da perplexidade de como é que tal foi possível", começou por dizer. O primeiro-ministro acrescentou que "como Governo, e devendo respeitar o princípio da separação e a interdependência de poderes", não iria comentar "as vicissitudes judiciais dessas matérias".

O ex-banqueiro, lembre-se ainda, diz que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais. Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, revela que já pediu ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa. Apesar da pequena dimensão do BPP, o caso teve importantes repercussões devido a potenciais efeitos de contágio ao restante sistema quando se vivia uma crise financeira.

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