O relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, desta terça-feira, revela que "100%" dos casos em Portugal são da variante Delta.
De acordo com o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), de 27 de setembro a 10 de outubro, "registou-se uma frequência relativa de 100% para a variante Delta (B.1.617.2). Já de 11 a 17 de outubro, salienta o INSA que, apesar de a variante Delta apresentar uma frequência relativa de 100%, este valor é provisório pois os dados ainda estão a ser apurados.
Ainda segundo o mesmo relatório, de 4 a 10 de outubro é apresentada uma evolução semanal da frequência relativa das diversas sublinhagens da variante Delta, recentemente definidas com o prefixo 'AY'.
"Esta subclassificação, através do agrupamento de vírus com maior proximidade genética/epidemiológica entre si, facilita a monitorização contínua da evolução genética e dispersão geotemporal de SARS-CoV-2, potenciando a deteção precoce de novas constelações de mutações de interesse", explica o INSA no documento.
A discriminação em sublinhagens não indica que estas apresentem diferenças funcionais ( maior transmissibilidade, associação a doença severa, maior capacidade de evasão ao sistema imunitário), encontrando-se em constante revisão e refinamento, esperando-se a supressão e/ou adição de sublinhagens nas próximas atualizações.
Em Portugal, as 9.963 sequências Delta analisadas até à data dividem-se em mais de 30 sublinhagens. Desta monitorização contínua, o INSA destaca a atual circulação de diversas sublinhagens da variante Delta em Portugal, sendo que 14 destas foram detetadas consecutivamente nas últimas três semanas. Nenhuma sublinhagem apresenta uma frequência relativa com tendência crescente, com exceção da sublinhagem AY.5.
Foram detetados até à data nove casos associados à sublinhagem AY.4.2, os quais foram registados entre os dias 24 de agosto e 4 de outubro. De 4 a 10 de outubro, foi ainda detetado um caso da sublinhagem AY.1, após sete semanas consecutivas sem a deteção de qualquer caso.
Desde a semana de 13 a 19 de setembro que não é detetado nenhum caso associado à variante Gamma (P.1). Situação semelhante acontece em relação à variante Beta, que não é detetada desde a semana de 19 a 25 de julho.
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