Ministro da Defesa Nacional reitera necessidade de "aprofundar o diálogo"

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, considerou hoje que ainda "há espaço para o diálogo" na escalada de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, e instou a Rússia a "aproveitar essas oportunidades".

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Lusa
01/02/2022 22:08 ‧ 01/02/2022 por Lusa

País

Ucrânia

 

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"Favorecemos sempre a posição do diálogo, acreditamos que há circunstâncias para aprofundar o diálogo e instamos a Rússia a aproveitar essas oportunidades, afirmou João Gomes Cravinho.

O governante, que falava aos jornalistas depois de ter participado no ciclo de debates "Que Estratégia para Portugal", promovido pela Universidade Lusófona do Porto, referiu que "a crise não é apenas uma crise entre Rússia e Ucrânia, é evidente que o que está também em causa é a segurança europeia".

"A Ucrânia não é membro da NATO, também não é membro da União Europeia, mas isso não significa que a NATO e a União Europeia sejam indiferentes à sorte da Ucrânia. Aquilo que nos interessa é que dificuldades que existam, tensões que existam no plano europeu, sejam tratadas no plano do diálogo -- e há espaço para o diálogo, esse espaço não se esgotou e instamos, em particular a Rússia a aproveitar esse espaço", vincou.

Questionado sobre se essas instituições internacionais estariam a ser permissivas, permitindo a movimentação de tropas russas junto à fronteira, o responsável pela tutela disse que a NATO tem correspondido "à sua obrigação, que é a de garantia de segurança em relação aos aliados, aos membros da NATO".

"Os países da região, dos Bálticos, os países do Leste, como a Roménia e a Bulgária, têm vindo a ter um conjunto de chamadas medidas de tranquilização, reforço de exercícios militares, de estacionamento militares, para fazer face a esta ameaça por parte da Rússia. De resto, não faria sentido qualquer tipo de ação militar da NATO nestas circunstâncias contra a Rússia ou contra a Bielorrússia", detalhou.

O ministro respondeu ainda a questões sobre a sua continuidade no Governo português, dizendo que essa é uma "matéria exclusiva da responsabilidade do primeiro-ministro, e o primeiro-ministro, felizmente, tem as mãos inteiramente livres para decidir aquilo que será o próximo Governo".

Ainda assim, adiantou que está "sempre disponível para servir o país".

"Penso que o exercício da cidadania no plano da atividade política implica essa disponibilidade. Quando me candidatei a deputado pelo círculo de Setúbal, estava também a dizer que, se for essa a circunstância, terei maior gosto em assumir essa responsabilidade na Assembleia da República", rematou.

Leia Também: Boris alerta Putin: Invasão à Ucrânia seria “um desastre” para a Rússia

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