Tensão na Ucrânia. Portugal terá tropas na Roménia, diz Marques Mendes
"Todos os sinais apontam" para uma guerra iminente, considerou o comentador no seu habitual espaço de opinião na SIC.
© Global Imagens
País Ucrânia/Rússia
Ainda que a NATO não vá intervir militarmente num eventual conflito na Ucrânia, hipótese que, para Luís Marques Mendes, é “iminente”, serão colocadas tropas nos países fronteiriços, como é o caso da Roménia, onde estarão tropas portuguesas, revelou o comentador no seu espaço de opinião na SIC.
Para Marques Mendes, “estamos à beira de uma guerra na Europa”, justificando que “as diligências diplomáticas até ao momento resultaram em zero, os russos têm 150 mil militares junto à fronteira com a Ucrânia, […] e imagens divulgadas esta semana mostram que [estão] numa postura de ofensiva”. Além disso, já vários países recomendaram que os seus nacionais abandonem a Ucrânia, incluindo Portugal, o que representa “um sinal da iminência de uma guerra”. “Todos os sinais são nesse sentido”, complementa.
Ainda assim, o comentador salienta que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, receberá esta semana dois chefes de Estado, nomeadamente o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, pelo que “não é normal que haja uma invasão ao mesmo tempo que acontecem estas diligências, mas há, de facto, uma iminência de um conflito militar”.
Marques Mendes avançou ainda que a NATO colocará tropas nos países fronteiriços com a Ucrânia, como é o caso da Roménia, onde já foi acordado que Portugal ficará destacado.
“Esta matéria já está decidida há várias semanas [entre] o Governo, o Presidente da República e líderes da oposição”, adiantou Luís Marques Mendes, acrescentando que o acordo se realizou “em plena campanha eleitoral”.
Perante a ameaça de um conflito iminente na Europa, o comentador realça que, como a Ucrânia não é um país-membro da NATO, a organização não intervirá militarmente. Poderão, contudo, “haver intervenções pontuais para ir recolher cidadãos nacionais”, assim como “sanções económicas, que todos dizem [ser] pesadíssimas”.
Nesse cenário, a Rússia “vai retaliar, e retaliar chama-se logo cortar o gás”, diz, acrescentando que “só a Alemanha depende 50% a 60% do gás da Rússia”.
“Temos aqui uma irracionalidade completa. No meio disto tudo, mesmo sem conflito militar, a Rússia já está a ganhar [porque] a Ucrânia já não vai entrar na NATO”, além da destruição económica do país, considera.
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