O presidente da LBP, António Nunes, disse à agência Lusa que a recolha destas ambulâncias e equipamentos de socorro e salvamento foram o resultado da campanha "um capacete para os bombeiros da Ucrânia" e que teve a adesão dos corpos de bombeiros de todo o país.
Segundo a LBP, as corporações de bombeiros portuguesas conseguiram juntar, no período de cerca de uma semana, "uma quantidade significativa de material de intervenção que será de imediato enviado para a Ucrânia de modo a mitigar as perdas" e a habilitar os bombeiros daquele país a desempenhar a missão de socorro e salvamento das vítimas da guerra.
António Nunes avançou que entre o material recolhido e que será enviado para a Ucrânia constam onze ambulâncias doadas por associações humanitárias e centenas de fatos de proteção e caixas de primeiros socorros, bem como material diverso que habitualmente é usado no equipamento das equipas de intervenção dos bombeiros portugueses.
O presidente da LBP disse que os bombeiros portugueses conseguiram recolher capacetes de proteção essencialmente para fogo urbano, fatos de combate a incêndio, botas e luvas.
A entrega simbólica deste equipamento vai ser feita à Embaixada da Ucrânia em Lisboa hoje na Associação Humanitária dos Bombeiros de Mafra.
"Vamos fazer a entrega deste equipamento à embaixada da Ucrânia no sentido de ser a embaixada a dizer onde quer que esse equipamento chegue para termos a certeza de que esse equipamento vai dos bombeiros portugueses para os bombeiros da Ucrânia", disse António Nunes.
O presidente da LBP frisou também que já está acordado com a Embaixada quem vai receber e como vai chegar o equipamento à Ucrânia.
António Nunes disse ainda que a LBP vai condecorar os bombeiros da Ucrânia com a medalha de serviços distintos da LBP pelo esforço humanitário que estão a fazer com risco da própria vida para conseguirem combater incêndios e salvar pessoas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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