Ucrânia. Santuário de Fátima dispõem-se a dar imagem a seminário atacado

O Santuário de Fátima manifestou-se hoje disponível para oferecer uma imagem da Virgem de Fátima, para substituição da que, segundo a Fundação AIS, terá sido destruída por soldados russos no seminário ucraniano de Vorzel.

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Lusa
13/04/2022 13:58 ‧ 13/04/2022 por Lusa

País

Guerra na Ucrânia

A Fundação AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) informou hoje, em comunicado, que "soldados russos invadiram, profanaram e saquearam o seminário da Igreja Católica em Vorzel, uma pequena cidade na região de Kiev" e adiantou que, "entre os objetos destruídos, está uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e um cálice que São João Paulo II utilizou e ofereceu à Igreja ucraniana após a visita apostólica ao país em 2001".

"O refeitório do seminário tinha a imagem da Virgem Maria de Fátima. Quando entraram lá, jogaram-na no chão, e ficou quebrada...", descreve o padre Lucas Perozzi, atualmente na capital ucraniana, citado na nota da Fundação.

O comunicado adianta que, "com a saída das tropas russas da região, a Igreja quer voltar a tomar conta das instalações do seminário, procurando impedir novos atos de vandalismo".

Contactada pela agência Lusa, a diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, Carmo Rodeia, informou que a instituição "está, como sempre esteve, disponível para oferecer uma escultura de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Neste caso em concreto, do Seminário de Vorzel, ainda por maioria de razão dadas as circunstâncias em que a comunidade ficou privada dessa Imagem".

"Contudo, é importante dizer que o faremos mediante o pedido dos responsáveis, pois há canais próprios para que tal pedido seja formulado e apreciado", acrescentou Carmo Rodeia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Bispo de Leiria-Fátima critica guerra "fratricida e cruel"

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