Cinco fogos ativos às 12h00, os mais graves em Vila Real, diz ANEPC
Portugal continental tinha às 12h00 de hoje cinco incêndios ativos, sendo os mais graves no distrito de Vila Real, nos concelhos de Chaves e Murça, segundo a Proteção Civil.
© Global Imagens
País Incêndios
O balanço foi hoje feito pelo comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras.
O responsável disse que em relação ao incêndio de Murça a tarde "pode ser complicada" mas quanto ao de Chaves afirmou que ele está estabilizado em 90%.
Até às 12:00 de hoje registaram-se 30 incêndios. Os cinco incêndios ativos mobilizavam 916 operacionais, 299 meios terrestres e 12 meios aéreos.
O incêndio de Murça era o que mobilizava mais meios, 698 operacionais, 242 meios terrestres e 10 meios aéreos.
André Fernandes explicou que no distrito de Vila Real estão a ser feitas e planeadas evacuações preventivas.
De segunda-feira para hoje foram retiradas das casas 61 pessoas, que foram para uma zona de apoio num pavilhão em Murça, mas a maior parte já regressou a casa e até hoje à noite ou amanhã deve ser "reposta a normalidade", disse o responsável.
Até agora, e na sequência dos vários incêndios, foram retiradas das suas casas 1.009 pessoas.
André Fernandes disse que às 12:00 não havia qualquer constrangimento, devido aos fogos, nos principais itinerários rodoviários no país, incluindo em Vila Real, o distrito mais afetado pelos incêndios.
Nas ocorrências médicas registam-se até agora 218, entre elas seis feridos considerados graves, e três mortes, um casal de idosos e um piloto na sequência da queda da aeronave.
O responsável da ANEPC disse ainda que das ocorrências significativas, algumas iniciadas no dia 07 e que estão em fase de rescaldo, há 10 com acompanhamento de operacionais, envolvendo ao todo 191.
E disse também que na segunda-feira os meios aéreos de combate aos incêndios tiveram 119 missões atribuídas.
Portugal continental está em situação de alerta, o nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, depois de ter estado durante sete dias em situação de contingência (nível intermédio entre alerta e calamidade) devido ao risco extremo de incêndio rural e elevadas temperaturas.
A situação de alerta prolonga-se até às 23:59 de hoje. André Fernandes explicou que ainda hoje será tomada, a nível político, uma decisão sobre a manutenção de alerta ou passagem a contingência.
"Do ponto de vista do estado de alerta especial para o dispositivo, dadas as ocorrências e dado o dispositivo que está no terreno, vamos manter aquilo que é o alerta laranja", disse.
[Notícia atualizada às 14h53]
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