Incêndios. Autarca de Vila Real diz que fogo no Alvão é "nova ignição"

O vice-presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, disse que o incêndio que deflagrou esta manhã na serra do Alvão é uma "segunda ignição", depois de o fogo que lavrou desde domingo ter entrado em resolução.

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Lusa
23/08/2022 18:35 ‧ 23/08/2022 por Lusa

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Incêndios

 

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"Continuamos com uma frente ativa que, felizmente, está a evoluir favoravelmente daquele que é um segundo incêndio", afirmou Alexandre Favaios.

Depois de o incêndio que deflagrou domingo na zona da Samardã, na serra do Alvão, ter entrado em fase de resolução ao início da noite de segunda-feira verificou-se, esta manhã, "um novo incêndio" na serra, já em área do Parque Natural do Alvão.

"Infelizmente, e depois do trabalho de consolidação feito ao longo de toda a noite com as equipas no terreno, hoje fomos confrontados, para além do que o perímetro do primeiro incêndio, com uma nova ignição", salientou.

Uma nova ignição que preocupou ao longo do dia e que, pelas 18:00, "estava a evoluir favoravelmente" com a "ajuda de uma quantidade enorme de diferentes agentes de Proteção Civil".

Alexandre Favaios destacou também "o enorme trabalho" feito no terreno por todos.

Segundo o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18:30 estavam mobilizados para este incêndio 329 operacionais, 96 viaturas e três meios aéreos.

"O incêndio não está ainda em fase de resolução, esperemos que ao longo das próximas horas isso venha a acontecer, mas continuámos a ter um inimigo muito forte. Para além daquele que é a mão humana que infelizmente provocou estes dois incêndios, continuámos a ter o vento que, em alguns momentos, vai colocando as equipas no terreno à prova", sublinhou Alexandre Favaios.

O fogo no Alvão aproximou-se de Lamas de Olo, uma aldeia com uma forte produção pecuária.

"Mais uma vez os bombeiros salvaguardaram pessoas, bens e os animais, temos a lamentar a perda da nossa biodiversidade e o nosso património. É uma perda económica muito relevante, mas é com toda a certeza uma perda sentimental de enorme significado para todos aqueles que gostam do nosso Alvão e das nossas paisagens", afirmou Alexandre Favaios.

O presidente da Junta de Freguesia de Borbela e Lamas de Olo, José Armando, também defende que "são incêndios diferentes". O primeiro afetou o lado da serra do Alvão virado à cidade de Vila Real e o de hoje deflagrou na encosta contrária, virado a Lamas de Olo, já em pleno PNA.

"Nós demos conta deste incêndio às 10:30 e passado pouco tempo já tinha umas proporções grandes e com necessidade de meios aéreos. Na segunda-feira à noite passamos do outro lado e vimos que estava tudo consolidado. Continuo a dizer que é mão criminosa", salientou o presidente da junta.

O autarca disse que o maior prejuízo resultante deste fogo é "a destruição de pasto para os animais".

"A zona de pasto dos animais era pela área ardida e, claro, depois estende-se pela serra fora. Mas esta é uma parte bastante grande e vai causar transtorno para as pessoas que têm os animais", frisou.

Segundo José Armando, nesta aldeia há um efetivo de cerca de 500 vacas maronesas, dividido por vários produtores.

Leia Também: Fogo que queima pasto é mais uma preocupação para pastores do Alvão

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