O Ministério Público da Amadora e o Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos está a investigar a morte de um bebé durante um parto na Clínica de Santo António, que entretanto mudou o nome para Hospital Lusíadas Amadora, por suspeitas de negligência médica.
Tudo aconteceu entre 20 e 21 de julho de 2021, sendo o médico responsável acusado de ter recorrido à cesariana muito tardiamente, ainda que o bebé estivesse em sofrimento, avança a SIC Notícias.
A mulher, que desejava um parto natural para o nascimento do primeiro filho, era acompanhada pelo obstetra naquela unidade de saúde, com quem estabeleceu a realização de um nascimento espontâneo, sem recurso a medicamentos, indução ou cesariana.
O trabalho de parto terá começado na manhã do dia 20 de julho de 2021, sendo que o bebé nasceu já sem vida, na manhã seguinte.
Em declarações à estação de Paço de Arcos, o médico assegurou ter seguido todas as regras de um parto normal antes de recorrer à cesariana, acrescentando que tudo fez para salvar o bebé. Não compreende, assim, o porquê de estar a ser alvo de um processo crime e de um processo disciplinar.
Recorde-se que, a 28 de fevereiro, deixaram de se fazer partos na Clínica de Santo António. Apesar do elevado grau de satisfação transmitido pelos pais acompanhados neste hospital privado, o Grupo Lusíadas Saúde decidiu centralizar os serviços de maternidade no Hospital dos Lusíadas Lisboa.
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