O militar do 138.º Curso de Comandos que foi submetido a um transplante hepático este domingo encontra-se "estável clinicamente e com uma evolução adequada para estes casos", anunciou o Exército esta tarde em comunicado.
"O militar hospitalizado foi submetido a transplantação hepática, na madrugada de domingo, dia 11 de setembro de 2022, encontrando-se em período de pós-operatório, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Curry Cabral", lê-se no documento.
O Exército acrescenta que há "indícios de que o órgão transplantado está a funcionar de acordo com as expetativas dos especialistas".
Este domingo, o Presidente da República já tinha indicado que o formando já tinha sido submetido ao transplante, numa nota onde garantia estar a acompanhar o seu estado de saúde.
Ontem, o Estado-Maior do Exército ordenou a interrupção do 138.º Curso de Comandos até ao apuramento do processo de averiguações aquela formação, na qual dois militares foram hospitalizados, um teve de ser sujeito a um transplante hepático.
Na quinta-feira, o Exército anunciou que dois militares do 138.º Curso de Comandos tinham sido hospitalizados na quarta-feira depois de sofrerem paragens cardiorrespiratórias, divulgando igualmente que tinha sido aberto um processo de averiguações.
Segundo o Exército, durante a tarde de quarta-feira um militar que estava a frequentar este curso dos comandos "sentiu-se indisposto" durante uma "marcha corrida de cinco quilómetros", no Regimento de Comandos da Serra da Carregueira, no distrito de Lisboa.
O militar foi "prontamente assistido" por dois socorristas e uma ambulância que acompanhavam aquela atividade e encaminhado para a Unidade de Saúde do Regimento de Comandos.
"Após avaliação, foi detetada alteração do estado de consciência, pelo que foram realizadas manobras de reanimação [...], o INEM procedeu ao transporte do militar para o Hospital São Francisco Xavier, onde se encontra internado em Unidade de Cuidados Intensivos, mantendo-se em vigilância, sedado e ventilado, com um perfil hemodinâmico estável", acrescentava a nota.
Mais tarde, pela hora do jantar, um outro militar sentiu-se indisposto e foi encaminhado para unidade de saúde daquele regimento.
Depois de dar entrada na unidade de saúde para observação, "sofreu uma interrupção súbita das funções cardíaca e respiratória", mas foi reanimado pela equipa médica no local.
No entanto, acabou por ser transportado para o Hospital Amadora-Sintra, "por necessidade de avaliação complementar". Entretanto, este militar já teve alta hospitalar.
Os restantes 44 instruendos do curso foram avaliados por uma equipa de saúde, o Exército anunciou a abertura de um processo de averiguações urgente, e, entretanto, foi "determinado o aligeiramento substancial da carga física, e se necessário a não realização de algumas sessões".
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