"A estimativa da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para 2021, que quero revelar em primeira mão, mostram que reduzimos as nossas emissões de gases com efeito de estufa em 4,8% face ao ano anterior. No ano em que o nosso Produto Interno Bruto cresceu 4,9%, diminuímos praticamente na mesma proporção os gases com efeito de estufa", afirmou Duarte Cordeiro, durante o lançamento do Pacto do Porto para o Clima.
Defendendo que "está feita a prova dos nove", o ministro do Ambiente e da Ação Climática salientou que a redução demonstra que "para crescer economicamente não é preciso poluir", e que "basta fazê-lo com sentido de pertença de comunidade, inovação e responsabilidade ambiental".
Aos presentes no lançamento da iniciativa do Pacto do Porto para o Clima, Duarte Cordeiro assegurou que o ambiente é atualmente o "motor do desenvolvimento", ao desempenhar um papel central na governação e criação de políticas "mais maduras".
Lembrando que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) consagra uma dotação de 39% para objetivos de transição climática, o ministro do Ambiente realçou que, face à crise energética, "ambiente hoje significa soberania e liberdade".
A descarbonização da economia, a reutilização de águas residuais e a redução das perdas de água foram algumas das medidas elencadas pelo ministro e que estão ou vão ser postas em prática pelo Governo para que o país consiga alcançar os objetivos de sustentabilidade ambiental e também de neutralidade carbónica com que se comprometeu.
"O caminho é exigente e convoca uma ação coletiva", salientou Duarte Cordeiro, adiantando que a tutela quer ser "parceira" das autarquias.
"Vamos retribuir às autarquias, através do Fundo Ambiental, criando um incentivo específico de 13.500 euros por cada megavolt-ampere instalado nos municípios para, desta forma, partilharmos este incentivo de alargar a capacidade solar no nosso país", acrescentou.
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