Em comunicado, a estrutura hospitalar revelou que um homem de 48 anos, com grave hipertensão arterial pulmonar, foi submetido a um procedimento "inovador e altamente diferenciado" pela equipa do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação (CCT), liderado por David Prieto.
O doente, que chegou àquele serviço em 2020, já tinha sido "avaliado noutros centros em Portugal e considerado não ter condições para ser transplantado ao coração devido a uma grave hipertensão arterial pulmonar (HTP), considerada irreversível", acrescenta a nota.
Após "cuidadosa revisão clínica" e múltiplos exames, foi implementado no doente um dispositivo de assistência ventricular de longa duração "como ponte para ser candidato futuro ao transplante", que decorreu num Hospital de Barcelona, em outubro de 2020, embora atualmente o CCT já efetue aquele procedimento.
O doente, de 48 anos, foi transplantado em maio, sendo considerado pelo serviço hospitalar "uma história de sucesso, que reflete bem a resiliência dos doentes e a excelência" do CHUC.
"Este caso é um marco importante para o CHUC, pois demonstra que a evolução da tecnologia permite viabilizar a transplantação cardíaca em situações outrora consideradas inoperáveis, tornando a lista de contra-indicações ao transplante cada vez mais reduzida", sublinha o CCT, citado no comunicado.
A nota acrescenta ainda que "é também uma prova de que o CHUC e neste caso a Unidade de Insuficiência Cardíaca Avançada e o Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC estão na linha da frente no domínio da tecnologia e na inovação".
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