Coimbra promove curso para intervir em emergências e catástrofes

A Universidade de Coimbra (UC) vai promover um curso de especialização em Intervenção em Contexto de Emergência e Catástrofe, que pretende dar uma resposta inovadora com o envolvimento de quatro parcerias consideradas estratégicas.

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Lusa
12/12/2022 20:16 ‧ 12/12/2022 por Lusa

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Coimbra

O curso será realizado em parceria com a Unidade de Ensino, Formação e Investigação da Saúde Militar (UEFISM), o Instituto Universitário Militar (IUM), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e a Associação Lusitana de Trauma e Emergência Cirúrgica (ALTEC).

Segundo a vice-reitora da UC para os Assuntos Académicos e Atratividade de estudantes pré-graduados, Cristina Albuquerque, "este é um curso com caráter muito inovador, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do projeto 'Living the Future Academy'".

Cristina Albuquerque salientou que este curso foi "orientado para princípios de qualidade e de excelência, alinhado com parceiros que têm conhecimento aprofundado acerca destes assuntos".

"Temos a noção de que estes desastres continuam a aumentar em número e intensidade. Este contexto lembra-nos de que temos de aumentar o conhecimento e a preparação, obter mais dados", considerou, por seu turno, o comandante do IUM, tenente-general António Martins Pereira.

No seu entender, "quanto maior conhecimento e informação estiverem disponíveis", maior será a capacidade de responder a situações de risco.

Durante a apresentação do curso, a necessidade de investimento numa educação aprofundada para o reconhecimento e gestão do risco foi justificada pelo "aumento da frequência e da intensidade dos cenários de risco e/ou catástrofes naturais, no âmbito de alterações ambientais, ou consequência de agentes de geodinâmica interna/externa, ou como resultado de acidentes tecnológicos ou outros".

Em Portugal, existe uma oferta formativa pós-graduada "relativamente escassa e intermitente" no domínio da educação e treino para intervenção em catástrofe.

"É obrigação da universidade estar presente na oferta formativa e disseminação de conhecimento em áreas como esta. Este curso tem um grande potencial a nível nacional e internacional", considerou o reitor da UC, Amílcar Falcão.

O reitor garantiu que se trata de "um curso com qualidade, com todos os condimentos ao nível das entidades envolvidas, e uma área de formação fundamental para o país", e fez votos de que "sirva para algo em concreto e seja muitas vezes repetido ao longo do tempo, porque, infelizmente, as catástrofes vão continuar a acontecer".

De acordo com dados apresentados durante a cerimónia, entre 2000 e 2019 ocorreram 510.837 mortes e houve 3,9 mil milhões de pessoas afetadas por 6.681 desastres naturais.

Na opinião do presidente do conselho de administração do CHUC, Carlos Santos, "estão reunidas as condições para mais uma parceria bem-sucedida" da instituição com as outras entidades envolvidas.

O curso de especialização destina-se a licenciados em Medicina, Enfermagem, Psicologia e outras licenciaturas no domínio da saúde, Forças Armadas, Geografia, Ciências da Terra, Engenharia, Proteção Civil, Ciências da Comunicação e Jornalismo.

Leia Também: Universidades. Precariedade e democracia pioraram após regime jurídico

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