Esta posição foi divulgada na quarta-feira, num comunicado a que a Lusa teve hoje acesso.
"Face às tomadas de posição das redações de títulos do grupo, que exigem melhores atualizações salariais e/ou manifestam preocupação com a redução do efetivo, não podemos de deixar de sublinhar que no DN não só não houve qualquer proposta de atualização salarial como a redação era já -- antes da redução agora proposta -- manifestamente insuficiente para um jornal diário de referência", lê-se no comunicado.
"Pelo que pedimos a todos que se unam para fazer ouvir a voz do DN", apelam o Conselho de Redação (CR) e as delegadas sindicais.
No comunicado, "informam a redação da ausência de resposta da Administração/Comissão Executiva da Global Media Group ao pedido de reunião urgente para o qual a redação" os mandatara na reunião de dia 18 de janeiro.
A Comissão Executiva começou por responder ao pedido, aceitando uma reunião em 23 de janeiro, "porém viria nesse mesmo dia a cancelar a reunião, certificando que iria remarcá-la", mas "tal não aconteceu até agora" e o novo pedido de reunião "não foi sequer respondido".
Ora, "este silêncio, que só podemos interpretar como desprezo pelos trabalhadores do DN e pela sua legítima preocupação com o futuro do jornal -- tanto mais que a administração nunca respondeu aos nossos pedidos sucessivos para que esclareça qual o projeto que tem para este título centenário -- leva-nos a dar início ao passo seguinte, como acordado na referida reunião de redação: a elaboração de uma carta aberta", rematam.
A Lusa noticiou em janeiro de que a redação do DN tinha sido confrontada com o anúncio de que quatro jornalistas e um gráfico tinham sido convidados a rescindir os seus contratos sobre o argumento de redução dos custos fixos.
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