Os acusados são "uma mulher, de 63 anos, estrangeira, e um homem de 62 anos, português, pela prática de um crime de abuso de confiança qualificado", precisou o Ministério Público (MP) da Comarca de Faro num comunicado publicado no seu sítio de Internet.
O MP adiantou que em causa está um negócio entre a sociedade TDF, que tem como "objeto social a realização de projetos relacionados com energia solar, e a Phoenix, que opera como "sociedade financeira que empresta dinheiro, mediante o pagamento de juros e taxas, para financiamento de projetos".
A acusação sustenta que a "TDF pediu à Phoenix 2.100.000 de dólares americanos, para realização de um projeto na Universidade de Egerton, localizada em Nakaru, Quénia", e tinha a obrigação, como "garantia do cumprimento do contrato de financiamento", de "entregar a um terceiro depositário (Escrow), o valor correspondente a 08% da quantia financiada".
O contrato entre a TDF e a Phoenix foi celebrado em 04 de setembro de 2019 e a sociedade escolhida para ser o "terceiro depositário", a Wildcottage, que pertencia aos arguidos, tinha a obrigação de "guardar o dinheiro numa conta, funcionando como entidade independente", até estarem satisfeitas "a totalidade das obrigações das partes no negócio".
A mesma fonte alegou que o acordo prosseguiu em 15 de outubro de 2019, quando "a TDF depositou a quantia de 167.965 euros numa conta bancária da Wildcottage, domiciliada na dependência do Algarve de um banco", e "os arguidos levantaram e embolsaram o dinheiro, que gastaram em proveito próprio".
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