No documento hoje divulgada, além de agradecer ao Papa Francisco "a constante luta contra os abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis na Igreja, convocando toda a Igreja para a tolerância zero", a CEP destaca o cuidado pelos "mais descartáveis", com as viagens apostólicas "sobretudo a países da periferia"
Agradece igualmente ao Papa Francisco o "empenho contínuo" pelo efetivo diálogo ecuménico e inter-religioso, o apelo e compromisso pela paz e justiça no mundo e todas as atitudes e gestos que a CEP considera conduzir a uma igreja "autenticamente inclusiva, aberta e 'em saída'".
Ao agradecer o magistério legado pelo Papa Francisco, a CEP destaca as primeiras palavras de Jorge Bergoglio após a sua eleição, sublinhando o desejo de, em conjunto com o povo, percorrer "um caminho de fraternidade, de amor, de confiança".
"Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade", é outra das frases iniciais de Jorge Bergoglio como Papa destacadas pela CEP.
Ao saudar o ministério pastoral do Papa Francisco, a CEP agradece-lhe ainda a presença em Portugal, em 2017 - "como peregrino da paz no centenário das aparições em Fátima" -, e lembra que conta com a sua presença em agosto próximo para a Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.
"Rezamos pelo Papa Francisco, para que Deus continue a abençoá-lo com os seus dons e o fortaleça no serviço à comunhão e missão da Igreja", acrescenta.
O pontificado do Papa Francisco está fortemente marcado, desde 24 de fevereiro de 2022, pela guerra a Ucrânia, com o pontífice a desdobrar-se em declarações a pedir a paz para o território.
Ao longo de mais de um ano, muitas foram as intervenções públicas que fez em defesa do fim de um conflito iniciado com a invasão do território ucraniano por parte da Rússia, que considerou "repugnante" e um "massacre sem sentido".
Logo no dia seguinte à invasão, Francisco, num gesto inédito, deslocou-se à embaixada russa junto ao Vaticano para expressar a sua preocupação com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A par das reformas na cúria e na renovação do colégio cardinalício, o Papa Francisco, o primeiro jesuíta a chegar ao topo da Igreja Católica, vê o seu pontificado marcado por mudanças significativas, entre as quais a escuta aos fiéis sobre o rumo que a Igreja deve prosseguir.
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