Esta estrutura que representa os jovens do CDS-PP colocou um cartaz junto à sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, onde se lê "Ou estamos com a Ucrânia ou com Lula da Silva", com as imagens do primeiro-ministro e secretário-geral socialista, António Costa, do presidente brasileiro e da deputada Jamila Madeira.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da JP afirmou que "o PS pode ter os amigos que quiser, mas não podem querer agradar a Deus e ao diabo" e indicou que o objetivo desta ação é pedir uma "clarificação do PS quanto ao tema da invasão da Ucrânia" e às palavras do presidente brasileiro, que defendeu no sábado que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na Ucrânia e a União Europeia deve "começar a falar de paz".
"O PS esteve bem no que foi o seu posicionamento quanto ao conflito, e esteve do lado certo, mas agora teve uma posição dúbia", considerou Francisco Camacho, apelando ao partido e que "seja claro" e "condene as palavras do presidente do Brasil".
O líder da JP considerou que "não deve existir hostilidade com o Brasil, que é um país amigo", mas defendeu que "as declarações de Lula da Silva foram lamentáveis".
Francisco Camacho indicou que, além do Largo do Rato, estes cartazes estarão também junto à Assembleia da República e na zona da Cidade Universitária.
Luiz Inácio Lula da Silva defendeu no sábado que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na Ucrânia e a União Europeia deve "começar a falar de paz".
"Os Estados Unidos devem parar de encorajar a guerra e começar a falar de paz, a União Europeia deve começar a falar de paz", disse o chefe de Estado brasileiro aos jornalistas, em Pequim.
Dias depois, na terça-feira, o presidente brasileiro salientou que condena a invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que defende a paz, depois de ter sido criticado pelos Estados Unidos e pela União Europeia pelas suas declarações.
Também no fim de semana, a deputada e vice-presidente da bancada do PS Jamila Madeira considerou que o presidente do Brasil tem procurado fomentar "a busca pela paz" na Ucrânia.
Na terça-feira, O primeiro-ministro desdramatizou as posições do presidente brasileiro sobre a guerra na Ucrânia, contrapondo que as relações entre Portugal e Brasil sempre estiveram acima de diferenças na política externa e que entre irmãos também há divergências.
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