Protesto dos professores em Portalegre arrancou de forma "tímida"

A greve dos professores por distrito acontece hoje em Portalegre, com um primeiro protesto que juntou mais de uma dezena de professores à porta da Escola Secundária Mousinho da Silveira, constatou a agência Lusa no local.

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© Artur Machado / Global Imagens

Lusa
26/04/2023 14:02 ‧ 26/04/2023 por Lusa

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Sem gritarem palavras de ordem, mas a empunharem algumas bandeiras e cartazes, os professores concentraram-se junto àquele estabelecimento de ensino para "dar o pontapé de saída" para a concentração que vai decorrer, pelas 15h00, na Praça da República em Portalegre, com a participação de docentes oriundos de todo o distrito.

A professora Eva Farinha marcou presença no protesto em frente à Escola Secundária Mousinho da Silveira e, em declarações à Lusa, explicou que leciona a disciplina de Geografia há quatro anos no Agrupamento de Escolas do Bonfim, em Portalegre, como professora contratada.

"Nunca sei o que vem no ano seguinte, é concorrer um bocadinho às cegas, eu faço um concurso muito limitado às zonas onde tenho a minha casa ou dos meus pais para poder limitar as minhas despesas", confessou.

Eva Farinha defende que o Ministério da Educação deveria olhar para o seu caso e passar de professora contratada para efetiva, naquele agrupamento de escolas ou num outro estabelecimento de ensino das proximidades.

O protesto em Portalegre contou com a presença do presidente do Sindicato dos Professores da Zona Sul, Manuel Nobre, que espera que a greve que hoje decorre naquele distrito alentejano possa vir a ter "grande visibilidade".

O sindicalista recordou que a luta dos professores "já vai longa", mas a "força continua", uma vez que a classe se sente "desrespeitada" pelo Governo.

"A luta iniciou praticamente no inicio do ano letivo, já estamos no terceiro período, a poucas semanas do final do ano letivo, portanto, nós, daremos expressão àquilo que é a vontade dos colegas, continuar a exigir respostas por parte do Governo, que não têm acontecido", disse.

As greves distritais foram convocadas por uma plataforma de nove sindicatos que inclui a FNPROF, a FNE, a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).

Leia Também: Greve de três dias nas escolas convocada pelo Stop começa hoje

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