"A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem emitido sistemas de alerta e colocado em prontidão meios humanos e materiais em pré-posicionamento para dar resposta às necessidades que se venham a colocar. É isso que podemos garantir, ou seja, a ANEPC tem condições para pré-posicionar e mobilizar meios para as circunstâncias que venham a acontecer no país", disse aos jornalistas José Luís Carneiro, quando questionado sobre a possibilidade de ocorrências de incêndios rurais devido às altas temperaturas para a época.
À margem da cerimónia de apresentação do programa de aquisição das câmaras portáteis de uso individual para as forças de segurança, as chamadas 'bodycams', que decorreu no Ministério da Administração Interna (MAI), o governante precisou que "há sempre condições para pré-posicionar e mobilizar meios nos territórios considerados de maior risco ou onde ocorram ignições que justifiquem esse pré-posicionamento e mobilização de meios".
José Luís Carneiro recordou que esse reforço "já foi feito nas últimas semanas" quando se registaram também temperaturas altas.
O primeiro reforço de meios no âmbito do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano está previsto para 15 de maio.
Questionado sobre os resultados dos concursos públicos que terminaram em meados de abril sobre o aluguer de meios aéreos, designadamente para 33 helicópteros ligeiros e aviões anfíbios pesados, o ministro respondeu que se deve aguardar pela conclusão destes procedimentos.
"Vamos aguardar que se concluam os procedimentos dos concursos que têm vindo a ser realizados. No fim das datas previstas para esses procedimentos teremos de comunicar os termos em que conseguimos no mercado mobilizar os meios aéreos para as necessidades identificadas", afirmou.
O DECIR de 2023 prevê 72 aviões, mais 12 do que em anos anteriores, mas este número depende dos concursos públicos.
A Lusa já questionou há mais de uma semana a Força Aérea sobre os resultados destes concursos, mas ainda não obteve qualquer resposta.
O ministro voltou a lembrar que este ano será "ainda mais exigente do que foi 2022" e apelou aos proprietários para que limpem os terrenos em torno do edificado até ao próximo domingo.
Questionado sobre a possibilidade do prazo ser alargado, José Luís Carneiro sublinhou que essa não é uma responsabilidade exclusiva do ministro da Administração Interna, sendo uma avaliação feita no âmbito do sistema integrado de gestão dos fogos rurais.
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