"Nós continuamos a acreditar que o processo vai terminar de acordo com o que temos planeado. Tudo o que possa dizer, nesta fase, em termos de números, não vai contribuir para a solução. Quando tivermos os números finais, que ainda não estão completamente apurados, uma vez que dependem da negociação com os credores, divulgaremos", referiu António Costa Silva, em resposta aos deputados, na comissão parlamentar de Economia.
Questionado pela Iniciativa Liberal (IL) sobre se a gestão da Efacec seria, posteriormente, alvo de uma auditoria, o ministro disse apenas que "tudo está a ter lugar, como é normal nos processos deste tipo".
Nesta audição, o governante já tinha afirmado esperar que a Mutares, que venceu o processo de privatização da Efacec, faça aquilo com que se comprometeu, reconhecendo que vão existir alguns "sobressaltos".
O titular da pasta da Economia disse que já falou com os responsáveis da Mutares sobre os ativos disponíveis, acrescentando que sentiu "um grande alinhamento" no que diz respeito à importância dada à transição energética, a voltar a atrair talento, e a preservar a capacidade tecnológica da empresa.
Em 07 de junho, o Governo aprovou a proposta da Mutares para a privatização da Efacec, sem revelar os valores envolvidos.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
O ministro da Economia e do Mar já disse ter "grande expectativa" de que este valor possa ser recuperado.
No dia 23 de junho, a Mutares anunciou que já tinha anunciado o acordo para a compra da Efacec ao Estado, por um valor não revelado, estando a conclusão da transação prevista para o terceiro trimestre.
Em abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.
As propostas vinculativas melhoradas foram apresentadas pela Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia.
O Governo aprovou em novembro do ano passado um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.
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