A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou que desenvolveu uma operação no passado dia 6 de julho, nos distritos do Porto e de Braga, que resultou no desmantelamento de uma rede de empresas falsas e serviços fictícios que serviam como fachada para a circulação de milhões de euros em atividades e negócios ilegais.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP explicou que a operação, em articulação com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), resultou em três detidos, após terem sido realizadas 12 buscas não domiciliárias, nomeadamente a "escritórios de advogados, a instalações de sociedades comerciais e a viaturas".
Segundo as autoridades, a rede "dedicava-se maioritariamente à criação de sociedades comerciais, nas quais procedia ao registo contabilístico de um conjunto de operações fictícias/serviços não prestados, suportados em documentação falsificada, nomeadamente faturas e outros documentos contabilísticos, que lhes permitia assim circular elevadas quantias monetárias, ascendendo aos milhões de euros, provenientes das atividades ilícitas desenvolvidas pelas sociedades que geria, ainda que através do recurso a 'testas de ferro'".
Estas atividades, acrescenta a PSP, permitiu que as sociedades envolvidas fugissem a obrigações às Finanças e à Segurança Social, "evadindo-se das contribuições fiscais e à Segurança Social, lesando assim o Estado e outros credores, permitindo-lhes obter um elevado enriquecimento ilegítimo".
Além dos três detidos, a polícia apreendeu ainda 25.350 euros em numerário, três viaturas "de alta cilindrada" e "diversa documentação relevante para o processo"
Os indivíduos já foram presentes a primeiro interrogatório, e ficaram obrigados a apresentações semanais e proibição e contactos. Um dos suspeitos ficou em prisão preventiva.
[Notícia atualizada às 10h02]
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