Carlos Lopes Pires é novo secretário de Estado da Defesa
Nomeação surge depois da demissão de Marco Capitão Ferreira, que foi constituído arguido no âmbito do processo 'Tempestade Perfeita'.
© Lusa
País Governo
O Presidente da República aprovou a nomeação do Governo para o novo secretário de Estado da Defesa, com a Presidência a confirmar que o escolhido para ocupar o cargo deixado vazio por Marco Capitão Ferreira foi Carlos Lopes Pires.
Numa nota na página da Presidência, é referido que Marcelo Rebelo de Sousa "aceitou a proposta do Primeiro-Ministro de nomeação de Carlos Alberto Raheb Lopes Pires como novo Secretário de Estado da Defesa Nacional do XXIII Governo Constitucional".
A tomada de posse está marcada para quinta-feira, pelas 19 horas, no Palácio de Belém.
Segundo um currículo disponível no site do Parlamento, Lopes Pires nasceu em setembro de 1973 em Beirute, no Líbano, e já ocupou cargos em governos anteriores, nomeadamente durante o executivo de Pedro Passos Coelho. Foi adjunto do gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros entre setembro de 2010 e junho 2011, passando depois para adjunto do primeiro-ministro entre junho de 2011 e fevereiro de 2013. Foi ainda chefe do gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus, e ocupou o mesmo cargo para o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Conta também cargos diplomáticos, tendo trabalhado na embaixada de São Tomé e Príncipe, na embaixada do Cairo, e na embaixada de Paris entre agosto de 2014 e agosto de 2019
A nomeação surge depois da saída de Marco Capitão Ferreira do Ministério da Defesa, depois de ter sido constituído arguido no âmbito do processo 'Tempestade Perfeita', sendo suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.
De 2020 a 2022, foi presidente do conselho de administração da IdD Portugal Defence, tendo sido nomeado pelo ministro João Gomes Cravinho, na altura ministra Defesa, e foi ainda administrador da OGMA, S.A. Entre 2021 e 2022, ocupou ainda o cargo de presidente do conselho de administração da Extra, S.A..
A polémica em torno do ex-secretário de Estado centra-se numa contratação de um assessor fantasma, conforme avançou o Expresso, enquanto liderava a IdD Portugal Defence. Além disso, está também em causa um contrato de assessoria de mais de 70 mil euros com a Direção Geral dos Recursos da Defesa, onde o ex-governante só esteve em funções quatro dias.
O caso motivou votos de condenação por parte da oposição, com alguns partidos a exigirem a demissão de Gomes Cravinho do Governo.
Na terça-feira, a ministra da Defesa garantiu que se mantém atenta às polémicas na sua tutela, mostrando-se convicta que "muito em breve, esse assunto será plenamente resolvido".
[Notícia atualizada às 21h26]
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