Um homem emigrante, de 89 anos, morreu à porta do centro de saúde de Pedras Salgadas, em Vila Pouca de Aguiar, na passada sexta-feira, depois de não ter tido qualquer cuidado médico à chegada ao local. Agora, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) confirmou ao Notícias ao Minuto que abriu um "processo de averiguações" ao caso.
O caso aconteceu pelas 15h00 de sexta-feira, dia 1 de setembro, momento em que a vítima "terá iniciado a viagem de regresso ao país onde se encontrava a trabalhar", esclarece a ARS-Norte.
O octogenário "ter-se-á sentido mal" em casa, localizada na aldeia de Soutelinho do Monte, em Vila Pouca de Aguiar, tendo a família transportado o idoso para o centro de saúde de Pedras Salgadas, pode ler-se numa notícia primeiramente avançada pela SIC Notícias.
Já nas instalações do centro de saúde, os familiares foram instados a contactar o 112. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar foram acionados para a ocorrência. Em menos de quatro minutos chegaram ao local para prestar assistência à vítima, mas já não foram a tempo.
De acordo com o comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar, Hugo Silva, o alerta chegou à corporação via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), tendo sido acionados uma ambulância de socorro e um motociclo de emergência que terão chegado ao local em "três, quatro minutos".
O responsável contou à Lusa que o homem de 89 anos se encontrava dentro de uma viatura particular, à porta da extensão de saúde, em paragem cardiorrespiratória.
Hugo Silva disse que os bombeiros iniciaram de imediato manobras de suporte básico de vida com recurso a desfibrilhador automático externo e que, passados uns minutos, também chegou ao local a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Chaves, que, por sua vez, iniciou manobras de suporte avançado de vida.
"Tiveram uma hora e meia em manobras, mas depois o óbito foi declarado no local pela equipa da VMER", referiu.
Segundo a Direção Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde de Alto Tâmega e Barros (ACES), "pese embora as várias tentativas de reanimação, estas não surtiram no efeito desejado".
Na sequência do sucedido, a ARS-Norte confirmou que "já instruiu a Diretora Executiva do mesmo ACES para a abertura, de imediato, de um processo de averiguações" para apurar as circunstâncias do ocorrido.
[Notícia atualizada às 15h28]
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