Quatro ativistas do grupo Climáximo bloquearam o trânsito na Avenida de Roma, em Lisboa, esta sexta-feira, "para alertar sobre a guerra que as empresas e governos estão a travar contra a sociedade".
De acordo com a nota do grupo, o protesto aconteceu às 11 horas e os ativistas acabaram detidos pela Polícia de Segurança Pública (PSP).
Segundo a porta-voz do Climáximo no local, Mariana Rodrigues, "a sociedade tem de parar, e aceitar que está a ser travada uma guerra contra nós". "Empresas fósseis estão a matar-nos e a garantir a destruição de tudo o que amamos através da expansão do seu arsenal de destruição em massa", afirmou ainda em comunicado.
A Climáximo alertou também para um relatório da UNICEF "que indica que eventos climáticos extremos deslocaram pelo menos 43 milhões de crianças nos últimos anos". "Tudo isto é legal. Como podemos consentir com esta normalidade?", questionou o coletivo.
Após dois dias a bloquear estradas e depois de cobrir vermelho na sede da REN, o coletivo Climáximo continua a apelar a que a sociedade resista pelo "desarmamento" das infraestruturas emissoras para parar a destruição das condições de vida de milhões de pessoas.
Os protestos do Climáximo
Recorde-se que esta vaga de protestos protagonizados pelo Climáximo começaram na semana passada, quando um grupo de jovens ativistas atiraram ovos com tinta verde ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, durante a abertura da CNN Portugal Summit, em Lisboa, uma conferência sobre transição energética em que participam as empresas Galp e EDP.
Um dia depois, outro grupo realizou um protesto na Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorria o World Aviation Festival, tendo atirado tinta vermelha contra uma parede do edifício e interrompido a sessão de debate que decorria no interior.
Esta semana os protestos continuaram. Na terça-feira, 11 ativistas do Climáximo foram detidos após bloquear o trânsito na 2.ª Circular, sentando-se no alcatrão da estrada lisboeta, no sentido Benfica-Aeroporto.
Já na quarta-feira, na rua de S. Bento, três ativistas repetiram a receita, interrompendo o trânsito nesta artéria. Foram manietados por transeuntes e acabaram detidos pela Polícia de Segurança Pública.
Também na quinta-feira, vários ativistas daquele grupo pintaram de vermelho a fachada da sede da REN, em Lisboa.
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