A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou um laboratório de transformação de pasta de coca em cloridrato de cocaína, em Gondomar, distrito de Guimarães, na noite de sexta-feira, 10 de novembro.
Durante as buscas, os inspetores apreenderam 50 quilos de cocaína, suficientes para cerca de 250 mil doses individuais deste estupefaciente, assim como armas de fogo e munições, uma viatura e mais de 17 mil euros em moeda estrangeira.
No cumprimento dos mandados de busca foram ainda detidos quatro homens, de nacionalidade estrangeira. Três em flagrante delito e um em cumprimento de mandado de detenção emitido pela Autoridade de Polícia Criminal.
Conta a PJ que o laboratório estava localizado numa residência rural e isolada, onde dois dos agora detidos procediam, diariamente, ao "processo de transformação de pasta de coca em produto final ilícito, apto ao consumo humano".
Suspeitos chegaram a Portugal há alguns meses
Ainda segundo a PJ, a rede internacional assentava em indivíduos estrangeiros, de pelo menos duas nacionalidades distintas, que entraram no nosso país apenas há alguns meses.
Após chegarem a Portugal, os arguidos arrendaram a habitação em questão, onde colocaram "diverso material composto por ácidos, químicos, artefactos, ventiladores, prensas, decantadores, etc", que utilizaram para procederem ao processo de transformação da droga.
Os inspetores começaram a desconfiar de que havia um laboratório após sinalizarem um dos principais arguidos e perceberem que este recebia, quase diariamente, encomendas que transportavam pasta de coca, dissimulada, proveniente da América do Sul.
Após a receção, o homem entregava o produto ilícito a outro indivíduo e este levava-o até ao laboratório onde outros dois suspeitos o modificavam, em processo contínuo e em exclusivo, para a vender.
A PJ calcula que fosse produzida mais de uma centena de quilos de cocaína por semana.
Ao serem presentes a tribunal, os quatro detidos, indiciados pelos crimes de tráfico de estupefacientes agravado, associação criminosa, branqueamento de capitais, detenção de arma proibida e, eventualmente, poluição com perigo comum, foi-lhes decretadas as medidas de coação de prisão preventiva.
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